Macaco cachaceiro!

Macaco cachaceiro!

Gigante era um lutador de Box, tão forte que seu braço mais parecia com as pernas de um halterofilista. Certa dia Gigante comprou um lindo macaquinho, nas margens de uma estrada que liga Linhares do Espírito Santo a Regina.

Populares afirmam que Gigante deixara o Box por causa da bebida, mas também dizem que Gigante é macumbeiro, muito conhecido na cidade de Linhares.

Zinho, um Sergipano que morava em Linhares, devido seu trabalho precisou deixar sua família em Aracaju. Porem Zinho tem uma particularidade com Gigante, gosta de beber cachaça. Foi no bar do Alemão que se conheceu e que foram apresentados por outro amigo chamado Baiano.

Baiano era o bicheiro que trabalhava fazendo apostas nas proximidades do bar do Alemão. Certo dia Gigante chegou com um lindo macaquinho, tão manso que quem o via se apaixonava. Depois de alguns copos de cachaça, Zinho fez uma proposta para Gigante. Perguntou se ele venderia o macaquinho, pois levaria para Sergipe e presentearia sua mãe que gosta muito de animais e principalmente macaco, prontamente foi acertado o negocio.

Zinho pega o macaquinho e já coloca um nome nele, falou em voz alta, vai se chamar Quinho o nome do macaquinho é Quinho repetiu Zinho. Foi logo levando Quinho para sua casa que ficava perto do bar do Alemão.

Chegou a sua casa, amarrou Quinho pela cintura em um local seguro e voltou para o bar. Continuou a beber e conversar com Gigante e o Baiano. Lá pras tantas voltou para casa e ao chegar foi diretinho fazer carinho no Quinho. Quinho por sua vez avançou em Zinho segurando com suas mãozinhas na sua barriga de Zinho e com a boca tentando morde-lo. Nesse momento Zinho segura Quinho com bastante força jogando no chão.

Quinho rodopiou varias vezes em seguida deflagou outros ataques em Zinho, que saiu em disparada com Quinho em seu encalço, sempre gritando e demonstrando ser um animal perigoso, por sorte ficou preso pela cólera enganchado no fogão.

Zinho imediatamente vai até o bar do Alemão e ainda encontra com Gigante e o Baiano. Gigante pergunta por Quinho, Zinho responde olha o que ele me fez, sangrando e bastante machucado.

Zinho pede para que Gigante vá até sua casa e pegue o Quinho. Nesse momento Gigante fala tem que dar cachaça a ele, que só assim podemos pega-los com segurança, assim o fizeram. Deram cachaça a Quinho e ele ficou mansinho, mansinho, conseguiram pega-los e levaram para o bar do Alemão e continuaram a bebedeira.

O dia chegou e dessa vez quem levou o macaquinho pra casa foi o Baiano. Zinho não mais ia levar o Quinho para Aracaju, foi fazer curativos no posto mais próximo e o macaquinho ficou aos cuidados do Baiano.

Todo dia que o Baiano ia trabalhar o Quinho ficava brabo bem furioso, só parava depois de solto, é que ele chegava até sua banca de aposta e ficava bebendo com o Baiano. Já tinha dois copos um de cerveja o do Baiano e outro de cachaça pra o macaquinho.

É pertinente frisar que a Policia Federal da cidade de Linhares intensificou a vigilância nas margens da estrada conseguindo reduzir a comercialização de animais silvestres, evitando assim com trafico de desses animais.

Até certo tempo atrás ainda podia encontrar com Quinho que freqüentava todos os dias o bar do Alemão. Transformou-se muito popular. Quinho saia de mesa em mesa chimando um pouco de cachaça ou de ceveija dos turistas, sempre molhando a ponta do rabo na bebida e sugando em seguida.

Depois de alguns dias, Gigante fala pra Zinho e Baiano que quase sofre um terrível acidente, pois havia comprado esse macaquinho que a principio era mansinho e muito bonito mas não sabia que davam bebida para ele ficar drogado com aparencia de manso.

Conta também que amarrou na boleia do seu caminhão e ele ficou tranqüilo depois de varias horas de viagem o macaquinho ficava bom da cachaça e destruiria tudo ao seu alcance, tirando a concentração de Gigante que quase vira seu caminhão.

Por varios motivos não compre animais silvestres, preseve a natureza pois é crime inafiançável a aquisição de macacos, cobras,papagaio etc.

Essa história foi escrita por Orlando Oliveira em 25 de maio de 2011.

ORLANDO S OLIVEIRA
Enviado por ORLANDO S OLIVEIRA em 25/05/2011
Reeditado em 04/06/2011
Código do texto: T2991659
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