O peixinho do riacho

Um simpático bagrinho, com cerca de oito centímetros e que cabia na palma da mão de um pescador, entrou numa correnteza do riacho e foi cair num rio. E logo desconfiou da qualidade das águas.

Esse pequeno peixinho vivia a nadar nas nascentes do riacho, escondido debaixo das raízes de um velho bambuzal. E comia os insetos aquáticos – sua comida favorita.

Ocorre que o rio estava com as águas barrentas e o peixinho, muito exigente, não se adaptou no novo ambiente. E muito sofreu.... e chorou de saudades do riacho.

Contam os pescadores que o infeliz animal quis um dia fazer o caminho de volta para casa. Mas ele não pensou nas forças e nos perigos das águas, subindo o rio. Afinal, era tempo de pescaria e ele poderia ser pego, facilmente. Além disso, o desgaste sofrido nas nadadeiras o deixaria fraco. Mas ele foi...

E seguiu pelas margens – glup-glup-glup – meia hora depois estava quase no mesmo lugar.

Quando foi preso numa tarrafa de malha fina, estava muito vulnerável e exausto.

Felizmente, o pescador, sabendo o quanto esta espécie de peixe é sensível ao se encontrar fora de seu habitat, resolveu levá-lo para um riacho na Mata Atlântica.

E o peixinho do riacho lembra dessa história ainda hoje, ainda hoje...

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 01/06/2011
Reeditado em 12/06/2011
Código do texto: T3007904
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