Marcia e seu cachorro Max.

Marcia, uma doce garotinha de 8 anos de idade, era filha única. Ela morava em um apartamento, com seus pais. Sua rotina era sempre a mesma: café da manhã, escola, casa, lanche da tarde, livros, desenhos e cama... Claro, tinha o banho, não posso esquecer-me de citá-lo, pois Marcia se divertia no banho... Imagina mundos, mares e amigos enquanto estava no banho.

Marcia sempre se sentia sozinha... Tinha uma melhor amiga, mas ela se mudou para outra cidade; tinha uma avó, mas essa também foi morar em outra cidade. Era tudo tão chato para Marcia, ultimamente. Não havia ninguém com quem brincar, não havia ninguém para conversar... Só sua mãe, que ficava em casa, mas, sempre atarefada; seu pai, vivia trabalhando, chagava à noite, dava-lhe um beijo e ia dormir.

Marcia adoraria ter um irmãozinho, mas seus pais já haviam lhe explicado que isso não iria acontecer, pois eles só planejaram ter um filho e como já tiveram ela, eles não poderiam ter mais nenhum.

Bom, certo dia, Marcia caminha da padaria para casa, acompanhada de sua mãe.

Perto de seu prédio, ficava um Pet-Shop, onde ela sempre ficava olhando os animaizinhos. Ao se aproximar da loja de animais, a menina pediu para sua mãe, que entrassem... A mulher disse que não, que elas precisavam ir. Mas Marcia insistiu e insistiu até que sua mãe entrasse na loja.

Marcia ficou encantada com os cachorrinhos e outros animais que haviam por lá, entre eles: gatos, papagaios, ratos de laboratório, passarinhos, peixes, entre outros.

Quando estavam saindo, Marcia escutou um cachorrinho, marrom, latir do seu lado... A menina ficou deslumbrada e se apaixonou pelo pequeno cachorro peludo. Ela disse para a sua mãe, que queria ficar com ele. Claro, a mãe disse que não... Marcia insistiu e insistiu, falando que não tinha amigos e que se sentia muito sozinha. Sua mãe continuou dizendo que elas não poderia ficar com o cachorro. Então, Marcia chorou e chorou... Tadinha da menina!

Depois de muito chorar, a garotinha conseguiu dizer a sua mãe, de forma clara e paciente, que ela precisava muito daquele cachorrinho, pois não tinha ninguém para brincar e ela (a mãe), passava o dia trabalhando... Mesmo estando em casa, ela estava distante da filha. A menina pôs para fora toda a angustia que guardava à muito tempo.

A mãe de Marcia, vendo que sua filha estava mesmo sendo sincera, começou a pensar sobre o assunto. Começou a olhar mais o lado de sua filha e decidiu levar o cachorrinho. A mulher sabia que trabalhava demais, que mau tinha tempo para a menina e que sua Marcia se sentia muito só e triste.

Foi bom a garota ter dito tudo que sentia para sua mãe, pois essa, não tinha tempo para pensar nos sentimentos da filha... Depois que a menina lhe disse, ela se sentiu tocada e começou a entender que Marcia precisava mesmo de mais atenção, e de uma boa companhia que pudesse brincar com ela.

Levaram o cachorrinho, filhote, para casa. Ele era um belo cachorro e parecia ser muito carinhoso e bondoso.

Marcia seguiu para casa com seu cãozinho nos braços. O cachorro a lambia e parecia estar muito feliz. Aliás, os dois estavam felizes.

Dias se passavam e a pequena Marcia não se sentia mais só. Ela brincava muito com seu novo amiguinho.

Marcia adorava ler. Sua maior companhia, antes do Max chegar (Max é o nome que Marcia deu ao cachorrinho), eram os livros. Principalmente os de Monteiro lobato. Mas não é porque o cachorro chegou e que ela tinha, agora, algo mais para se distrair e brincar, que iria deixar os livros de lado. Muito pelo contrario, pois eles sempre a fizeram companhia e agora era ainda melhor ler seus livros. Digo ainda melhor, pois ela não lia só para ela, lia, agora, para ela e seu cachorro- o Max.

Mesmo que o cachorro não parece quieto, às vezes, ela insistia na leitura e ele vinha deitar-se ao lado dela para ouvir a historinha.

Era tudo muito divertido... Eles brincavam, ela contava tudo para ele e ficava feliz de tê-lo ao seu lado sempre que precisasse. Ela amava seu cachorrinho e agradecia sempre a sua mãe por ter permitido que ela ficasse com ele. Seria grata por sua vida inteira.

Claro, a mãe sempre dizia para ela limpar a bagunça que faziam, mas isso a menina tirava de letra, pois adorava brincar de arrumar. Se arrumava é porque algo que foi feito com muito gosto, tinha causado a bagunça, então, sabia que era sua responsabilidade. Arrumava, sem reclamar, pois fazia dessa obrigação, uma simples diversão...

Ela e seu cãozinho viviam felizes e brincavam muito nessa felicidade.

Fim! Mas um fim muito feliz, claro.

Por: Bruna Gonçalves. (Escrito em: 09/01/2014).