A Bicharada 2 - Perdidos no Parque.

Está um dia muito bonito, então a nossa família resolveu que iríamos passear no parque que não é muito longe de casa... Quer dizer nós os animais estávamos na expectativa de sermos incluídos nesta aventura.

- Maria, será que vão nos levar para passear? – Pergunta Marieta.

- Não sei Marieta, se eles forem levar acho que vão ter que escolher um de nós. – Responde Maria.

- Para a informação das duas, o cão leva certa vantagem por ser o melhor amigo do homem, portanto eles vão me escolher. – Disse Benji.

- Maria, você pediu a opinião de um cachorro vira-lata, feio e que não gosta de tomar banho? – Pergunta Marieta.

- Não Marieta, se fosse um cão estilo Pastor Alemão, todo bonito... – Responde Maria.

- Ou também se fosse um rottweiler daqueles bem grandões, fortões que não se intimidam com nada ai sim o escutaria com o enorme prazer. – Diz Marieta.

- É esse sim é um cachorro de verdade, portanto, não pedimos a sua opinião Benji!! – Diz Maria.

- Não ligo suas bruxas! – Diz Benji.

- É isso ai, não liguem se escolherem o Arnaldo aqui Hahaha – Diz Arnaldo o periquito.

- Pra que eles vão escolher um periquito? Não tem graça alguma – Pergunta Benji.

- Pra que eles vão escolher um periquito? Não tem graça alguma. – Repete Arnaldo.

- Você não vai repetir o que eu digo Arnaldo! – Diz Benji.

- Você não vai repetir o que eu digo Arnaldo! – Diz Arnaldo.

- Eu vou dar um fim nesta sua repetição! – Diz Benji.

- Eu vou dar um fim nesta sua repetição! – Diz Arnaldo.

- Você quer briga? Não vai ser a primeira vez que brigo com uma ave! – Diz Benji.

- Você quer briga? Não vai ser a primeira vez que brigo com uma ave! – Diz Arnaldo.

- O Arnaldo está tirando uma com a cara desse vira-lata Hahahaha. – Diz Brutus o galo.

- Para de ficar repetindo! – Diz Benji.

- Para de ficar repetindo! – Diz Arnaldo.

- Você é um periquito ou um papagaio? – Pergunta Benji.

- E você é um cachorro ou um rato? – Pergunta Arnaldo.

- Hahahahahahahahahahahaha essa foi bom, um rato. – Diz Marieta a galinha.

- Eu acho que ele não se passa de um ratinho. – Diz Maria a galinha.

- Isso é uma ofensa aos ratos, Arnaldo Hahahahaha – Diz Brutus.

- Eu também achei que foi uma ofensa, mas responde a pergunta, sou um periquito e adora me disfarçar como um papagaio. – Diz Arnaldo.

- A sorte de vocês é que estão no alto. – Diz Benji.

- É só subir. – Diz Brutus.

- Deixa pra lá. – Diz Benji.

- Olha ai estão vindo pra cá. – Diz Brutus.

- Saem da frente! – Diz Marieta.

- Sai de cima de mim sua galinha feia! – Diz Benji.

- Quieto, vira lata! – Diz Marieta.

- Olha isso, um em cima do outro. – Diz Marcos.

- Parece que estão brigando para ver quem vai sair primeiro. – Diz Helena.

- Ou estão achando que vamos escolher um para poder agradar. – Diz Marcos.

- Então vamos agradar à todos. – Diz Helena.

- Vão abrir a porta, acho que serei eu o escolhido. – Diz Benji.

- Este projeto de cachorro está se achando muito! – Diz Brutus.

- Permitam em dizer que eles vão escolher alguém que não ocupa muito espaço. – Diz Arnaldo.

- Arnaldo, você não ocupa espaço, mas a sua gaiola sim. – Diz Maria.

- Sair com um periquito? Que graça tem nisso?! – Diz Marieta.

- A graça vai ser quando fizerem coxa de galinha assada com batatas ai sim vou achar graça. – Diz Arnaldo.

- O que foi que você disse? – Pergunta Marieta.

- Eita galinha surda, não tem problema eu vou repetir para você o que eu disse. – Diz Arnaldo.

- Ih isso não vai prestar, é melhor a gente se proteger por que vai voar pena pra todo lado. – Diz Brutus.

- Vê se não se mete Brutus! – Diz Maria.

- Sim senhora. – Diz Brutus.

- Qual é Brutus, obedeceu ele mesmo? – Pergunta Benji.

- Melhor isso do que me envolver e perder as minhas lindas penas olha só como elas são lindas. – Diz Brutus.

- Você gosta de aparecer mesmo, to desconfiado se você é um galo ou um pavão. – Diz Benji.

- Sou um galo bonitão. – Diz Brutus.

O trinco do portão é aberto para que todos saiam.

- Vamos pessoal, é hora de passear. – Diz Marcos.

- O que foi que ele disse? – Pergunta Arnaldo.

- Acho que ele disse “Vamos pessoal, é hora de passear”- Respondeu Maria.

- Por que eles não saem daí de dentro, Marcos? – Pergunta Helena.

- Não sei, estão só olhando. Isso é muito estranho, eu acho que eles não querem ir. – Diz Marcos.

- Faça um teste e feche a porta pra ver o que acontece. – Diz Helena.

- Boa ideia!- Diz Marcos.

- Então, ninguém vai sair? – Pergunta Benji.

- Pelo que entendi, o portão foi aberto para todos nós. – Diz Brutus.

- Não citaram nomes. – Diz Arnaldo.

- O que você acha Maria, devemos sair? – Pergunta Marieta.

- Já que esses bobos estão com medo de sair, nós vamos mostrar que somos corajosas. – Responde Maria.

- Sai pra lá! Eu vou sair primeiro! – Diz Benji.

- Esperem periquitos primeiro! – Diz Arnaldo.

- Não Arnaldo, galos primeiro. – Diz Brutus.

- Já chega! Quem chegar por último é a mulher do padre! – Diz Benji.

E todos os animais saíram correndo pra ver quem saía primeiro, todos eles acabaram derrubando Marcos que estava indo fechar o portão. O Rapaz caiu de bunda na lama e ficou com as calças sujas.

- Olha só isso?! – Diz Marcos.

- Hahaha Estou vendo, acho que você vai ter que trocar as calças, querido. – Diz Helena.

- É eu vou lá dentro rapidinho. Onde está o Lucas? – Pergunta Marcos.

- Deve estar ai dentro. – Responde Helena.

- Vou chamá-lo. Lucas! – Diz Marcos.

- Estou aqui! – Responde o menino Lucas.

- Você não queria brincar com o Benji, olha ele lá. – Diz Marcos.

- Benji, vamos jogar bola! – Diz Lucas.

- Opa! Estão me chamando. – Diz Benji.

- Lá vai ele bancar o cãozinho bonzinho. – Diz Maria.

- Deveríamos ter uma atividade também. – Diz Marieta.

- Vão caçar minhocas, essa é uma atividade que vocês podem fazer. – Diz Benji.

- Hahahahaha vão caçar minhocas Hahahaha Essa foi boa. – Diz Brutus.

- Brutus do que está rindo se você também adorar caçar minhocas pelo o quintal. – Diz Marieta.

- É verdade, ei vê lá como fala oh vira lata! – Diz Brutus.

- Foi mal Brutus, mas estava falando com a Maria e com a Marieta. – Diz Benji.

- Tá bom... Mas mesmo assim, não se deve falar assim com duas damas! – Diz Brutus.

- Brutus virou um galo de briga Hahahaha – Diz Arnaldo.

- Só estou colocando ordem na casa. – Diz Brutus.

Marcos troca as suas calças após suja-lás de lama.

- Querida, nós já podemos ir. – Diz Marcos.

- Querido você sabe onde está a gaiola do Arnaldo? – Pergunta Helena.

- Não sei, temos que procurar. – Responde Marcos.

- Ih, se prepara Arnaldo. Vai entrar na jaula Hahahaha. – Diz Brutus.

- Odeio aquela gaiola, se fosse grande ai tudo bem. – Diz Arnaldo.

- Queridinho acorda! Como vai por uma gaiola grande no carro?! – Diz Marieta.

- É fácil, é só eles deixarem vocês em casa e ai vamos ter mais espaço no banco de trás. – Diz Arnaldo.

- Fique tranquilo Arnaldo, eles vão achar a sua prisão. – Diz Benji.

- Vire está boca pra lá! Tomara que eles levem a sua corrente. – Diz Arnaldo.

- Eles não levam por que para o seu governo, sei me comporta em lugares públicos. – Diz Benji.

- Para o seu governo, sei me comportar em lugares públicos. Ah vai cavar um buraco na terra! – Diz Arnaldo debochando de Benji.

- Deus salve a minha vida, não deixe que eles encontrem essa gaiola. – Diz Arnaldo desesperado.

- Qual é Arnaldo, tá com medo de ficar numa gaiola. – Diz Brutus.

- Brutus você tem sorte de não ter uma gaiola para você e para essas duas galinhas ai! – Diz Arnaldo.

Dez minutos depois.

- Helena, achei a gaiola do Arnaldo! – Grita Marcos.

- Achou? Há que maravilha, agora a gente pode ir. – Diz Helena.

- Aonde nós vamos mãe? – Pergunta Lucas.

- Vamos ao parque. – Responde Helena.

- De diversões? – Pergunta Lucas.

- Não, vamos a um parque ecológico. – Responde Helena.

- Parque ecológico, que legal! – Diz Lucas.

Enquanto isso, Arnaldo estava dando trabalho por não querer entrar na gaiola.

- Arnaldo, desça já desta árvore!! – Diz Marcos.

- O que está acontecendo? – Pergunta Helena.

- Arnaldo, voou para o alto daquela árvore e não quer entrar na gaiola! – Responde Marcos.

- Arnaldo, você vai estragar o nosso dia. – Diz Maria.

- Já estragou o dia! – Diz Brutus.

- Eu vou pegar ele. – Diz Marcos.

- O que vai fazer? – Pergunta Helena.

- Vou subir na árvore. – Responde Marcos.

- Toma cuidado! – Diz Helena.

- Deixa comigo. – Diz Marcos.

- Não, você veio me pegar? Vem me pegar então, vamos ver se você é ligeiro passando por estes galhos. – Diz Arnaldo.

- Acha mesmo que pode escapar Arnaldo? Conheço está goiabeira muito bem! – Diz Marcos.

- Você não me pega! Você não me pega! Hahahaha. – Diz Arnaldo.

- Olha só o Arnaldo está se divertindo. – Diz Brutus.

- Pega ele! Pega ele! – Diz Benji.

- Vem Arnaldo! Vamos dar um passeio em família. – Diz Marcos.

- Sei muito bem que passeio é este, dentro de uma gaiola como se eu estivesse cometendo um crime, mas o crime é deixar um pássaro tão bonito e de bem com a vida como eu, preso dentro de uma jaula. – Diz Arnaldo.

- E o Oscar vai para Arnaldo pelo o seu lindo drama, vamos bater palmas gente! – Diz Maria.

- Você quis dizer as asas, Maria. – Diz Marieta.

- Fique quieta, Marieta! – Diz Maria.

- Anda Arnaldo está estragando o nosso dia. – Diz Brutus.

- Não vou! – Diz Arnaldo

Mais Marcos acaba o surpreendendo e o consegue pegar.

- Peguei! Tá na mão! – Comemora Marcos.

- Me solte! Eu tenho os meus direitos! – Diz Arnaldo.

- Tem o direito de manter este bico calado, Arnaldo! – Diz Benji.

- Me solte! Cadê o IBAMA? Cadê a sociedade protetora dos animais? – Grita Arnaldo pedindo ajuda.

- Helena trás a gaiola aqui. – Diz Marcos.

- Prontinho, vamos? – Pergunta Helena.

- Vamos! – Responde Marcos.

E finalmente entraram no carro e foram passear. Apesar de Arnaldo ter dado trabalho, isso não fez com que desistissem do que já tinham combinado.

Pouco tempo depois, eles chegaram ao destino. Um parque ecológico que não era longe de casa, mas é um lugar novo no qual as pessoas costumam ir.

- Mãe, pra que trouxe está cesta? – Pergunta Lucas.

- É que nós vamos fazer um piquenique. – Responde Helena.

- Oba! Adoro piqueniques. – Diz Lucas.

- Lucas, vai brincar enquanto sua mãe e eu arrumamos a mesa... Que dizer, a toalha. – Diz Marcos.

- A grama é a nossa mesa, querido. – Diz Helena.

- Está bem, vamos Benji! – Diz Lucas que sai correndo com o seu fiel amiguinho que corre logo atrás.

Enquanto isso os outros animais que estavam soltos apena observavam Lucas e Benji jogando bola. Todos estavam sentados ou deitados sem fazer nada.

- Interessante o que estamos fazendo não acha? – Pergunta Brutus.

- O que estamos fazendo de tão interessante? – Pergunta Arnaldo.

- Sentados nesta grama maravilhosa, olhando esses dois jogando bola. – Responde Brutus.

- Sentados? Você não está vendo que estou dentro de uma gaiola sem poder dar mais de três passos?! E ainda nem coloquei as minhas patinhas nesta grama que você deve ter razão, está uma maravilha. Da pra ver! – Diz Arnaldo.

- Estou ficando enjoada em ver esses dois jogando está bolinha pra lá e pra cá! – Diz Marieta.

- Prefiro nem olhar. – Diz Maria.

- Vai Benji Pega! – Diz Lucas.

Foi neste momento que Lucas usou toda a sua força e jogou a bolinha bem longe, num lugar em que o acesso não e permitido.

- Vou pegar amigão! Aguarda um instante que já volto. – Diz Benji.

Benji foi buscar a bolinha, sendo que o lugar onde Lucas jogou a bolinha era um lugar onde o mato era alto, tinha árvores, é um local onde ninguém e muito menos animas entravam, mas o cachorro foi atrás da bola.

- Meu Deus! Mas que lugar estranho! Vou pegar a bolinha sair fora daqui o mais rápido possível. – Diz Benji.

- Onde aquele cachorro foi? – Pergunta Maria.

- Sumiu de vista. – Responde Marieta.

- Não estou gostando nada deste lugar. O pior de tudo é que não encontro a bolinha em parte alguma. – Diz Benji.

Benji continua andando pelo o lugar, uma espécie de bosque assombrado, um verdadeiro cenário de filme de terror. Mais o cachorrinho pode estar correndo um sério perigo andando por um lugar que desconhecido.

- Achei! Finalmente achei está bola. – Diz Benji.

De tanto andar, Benji não prestou muita atenção e acabou se perdendo no caminho.

- Onde estou? Disse Benji assustado.

Os outros animais notaram a demora de Benji.

- Brutus, você não acha que aquele cachorro não está demorando? – Pergunta Arnaldo.

- Sim, ele está demorando até demais. – Responde Brutus.

- Não gosto muito deste vira lata, mas, estou achando que ele está demorando. – Diz Maria.

- Será que ele se perdeu? – Pergunta Marieta.

- Deve estar procurando a bolinha. – Responde Maria.

Lucas que estava aguardando o retorno de Benji acaba perdendo a paciência com a demora do amigo. Ele não sabe exatamente onde jogou a bolinha, mas sabe que foi bem longe e o cachorro foi atrás dela.

Lucas então corre em direção ao pai e diz para ele o que aconteceu.

- Pai?! – Diz Lucas.

- Oi, filho. O que houve? Por que está triste? – Pergunta Marcos.

- O Benji o sumiu! – Responde Lucas.

- Como assim o Benji sumiu? – Pergunta Marcos.

- Eu joguei a bolinha e ele foi atrás, mas não voltou até agora. – Responde Lucas.

- Marcos, o que houve? – Pergunta Helena.

- Lucas disse que o Benji sumiu. – Responde Marcos.

- Sumiu? Mas como isso aconteceu Lucas? – Pergunta Helena.

- Joguei a bolinha, ele foi correndo atrás e depois sumiu. – Responde Lucas.

- Ele pode ter ser distraído com algo e foi ver. – Diz Helena.

- É melhor procurá-lo. - Diz Marcos.

Os outros animais ouviram que Marcos iria procurar Benji.

- Vocês ouviram? O Marcos vai atrás do Benji. – Diz Marieta.

- Espero que ele ache-o logo. – Diz Maria.

- Mas o Marcos não está indo para a direção certa! – Diz Arnaldo.

- Temos que ajudar! Quem está comigo? – Diz Brutus.

- Eu! – Responde Marieta.

- Eu! – Responde Maria.

- Também quero ajudar, mas só que tem um probleminha. – Diz Arnaldo.

- Qual o problema, Arnaldo? – Pergunta Brutus.

- Pra que eu ajude vocês, primeiro vocês tem que me ajudar. – Responde Arnaldo.

- Ajudar em que? – Pergunta Maria.

- A SAIR DESTA GAIOOOOOOOLAAA!! – Grita Arnaldo.

- Por que não disse isso antes? Não precisava gritar. – Diz Brutus.

- Digamos que foi uma forma de vocês captarem a mensagem de uma vez. – Diz Arnaldo.

- É mais você foi um pouco DESELEGAAAAAANTE da sua parte em falar assim. – Diz Marieta.

- Não fui DESELEGAAAAAANTE em momento algum. – Diz Arnaldo.

- OS DOIS FORAM DESELEGAAAAAANTES! E SE FOR PARA SER DESELEGAAAAAANTE, ENTÃO VAMOS SER DESELEGAAAAAANTES UM COM OS OUTROS!!! – Grita Brutus.

- Está bem Brutus, mais iai vai me soltar ou não? – Pergunta Arnaldo.

- Vamos! Maria vê se a Helena e o Lucas estão olhando? – Pergunta Brutus.

- Não estão olhando. – Responde Maria.

- Ok. Pronto! Está Livre, leve e solto. – Diz Brutus.

- Obrigado, Brutus. Agora sim estou me sentindo à vontade. – Diz Arnaldo.

- Mais vai ter que nos ajudar ou vamos te prender nesta gaiola de novo! – Diz Marieta.

- Pode deixar! O super Arnaldo, vai entrar em ação e vai resgatar o cãozinho perdido! – Diz Arnaldo.

- Super Arnaldo? – Pergunta Brutus.

- De super não tem nada. – Diz Maria.

- Se fosse super ele iria sair desta gaiola sem pedir ajuda. – Diz Marieta.

- Ah qual é, vocês adoram cortar o meu barato. – Diz Arnaldo.

- Mais uma coisa tenho que concordar com o Arnaldo, o Benji deve sim ter se perdido. – Diz Brutus.

- Olha! Menos mal Sr. Brutus. – Diz Arnaldo.

- O que vamos fazer? – Pergunta Maria.

- Chega de conversa, vamos procurar o vira-lata. – Diz Brutus.

A bicharada se reuniu para encontrar Benji que desapareceu. Helena e Lucas nem os viram sair e Marcos foi à outra direção procurar o cãozinho.

Enquanto todos estavam procurando Benji, o próprio estava perambulando por um labirinto cheio de plantas e árvores. O cachorro andava, andava e andava com o propósito de encontrar a saída, mas a cada passo o caminho se tornava estreito e perigoso.

- Onde estou? Quero encontrar a saída deste lugar, mas está difícil! – Diz Benji.

Então, surge outro animal, mas que habita no local.

- Estou ouvindo passos! Quem está ai? É você Brutus? Olha está não é uma boa hora para brincadeiras. – Diz Benji.

O barulho vinha da terra, parecia que algo estava se rastejando em direção de Benji. Era algo que andava bem devagar.

- Vou logo avisando, se não falar quem é, vou partir para o ataque! – Diz Benji.

Benji já estava se preparando para atacar, e quando ele deu um salto como um gato... Quer dizer como um cachorro.

- Caramba! Mais que troço duro é este que machucou o meu focinho?! – Diz Benji.

Eis que uma voz surge no meio da vegetação.

- Você não deveria fazer isso!

- Quem é você? – Pergunta Benji.

- Sou uma tartaruga e o meu nome é Paciência. – Responde Paciência.

- Você deveria ter se apresentado antes! – Diz Benji.

- Escutei uma voz, e vim ver o que era. Pensei fosse algo perigoso e não um pulguento medroso. – Diz Paciência.

- Medroso eu? Não tenho medo de nada! – Diz Benji.

- Só de uma tartaruga que não tem velocidade o bastante para caçar a sua comida. – Diz Paciência.

- Eu sou a sua comida? – Pergunta Benji.

- Não, eu disse que não tenho velocidade para procurar comida e não cachorro. Aliás, o que você veio fazer aqui posso saber? – Pergunta Paciência.

- Vim buscar a minha bolinha. – Responde Benji.

- E como foi que ela veio parar aqui? – Pergunta Paciência.

- É que eu estava com o meu dono e ai... – Diz Benji.

- Sei, sei, sei... Ai você estava jogando bola com o seu dono, ele jogou com tanta força que ela veio parar aqui. – Diz Paciência.

- Acertou na mosca! – Diz Benji.

- Acertou mosca nenhuma, estou voando olha?! – Diz uma mosca que estava de passagem.

- Aqui tem cada bicho estranho. – Diz Benji.

- Estranho é encontrar um cachorro por aqui. Mas, como você se chama mesmo? – Pergunta Paciência.

- O meu nome é Benji. – Responde Benji.

- Benji, nome bonito. Então, Benji venha que vou te mostrar a saída. É por aqui! – Diz Paciência.

Benji encontrou uma colega. Uma tartaruga que propôs ajudá-lo a voltar para a sua família. Enquanto isso, os seus velhos amigos estavam dentro da área proibida onde Benji tinha entrado para buscar sua bolinha.

- Brutus, que tal se nós fizéssemos cartazes de procurado, colocamos uma foto bem engraçada do Benji e pedimos uma bela de uma recompensa hein? – Pergunta Arnaldo.

- Hahahaha Até que não seria uma má ideia. Iria nos poupar de ficar andando por ai. – Responde Brutus.

- Este lugar é uma mina de ouro, tem tantos insetos. – Diz Maria.

- Uma pena que vamos ter que ir assim que encontrarmos o Benji. – Diz Marieta.

- Arnaldo e Brutus, vocês podem ir andando que Marieta e eu os encontramos logo. – Diz Maria.

- Nem pensar! – Diz Arnaldo.

- É nem pensar mesmo! Vamos todos juntos procurar o Benji e ir embora juntos! – Diz Brutus.

- Deixa Maria! Na volta pegamos estes insetos. – Diz Marieta.

Já Benji se encontra um pouco nervoso com a sua nova amiga.

- Haja Paciência! Você não consegue andar um pouco mais rápido? – Pergunta Benji.

- Pare de reclamar ou vou andar mais devagar. – Diz Paciência.

- Tá legal! Mais estamos pertos? – Pergunta Benji.

- Estamos! Só falta virarmos aqui e você poderá seguir o caminho sozinho. – Responde Paciência.

Então mais um bicho surge na história, desta vez é um bicho perigoso, grande e coloca medo até nos humanos.

- E agora, quem é este ai? – Pergunta Benji.

- Não está vendo que é uma cobra. – Responde Paciência.

- Mas está no caminho. – Diz Benji

- Deixa comigo, conheço está peça. Colossus? – Pergunta Paciência.

- O que foi? – Pergunta Colossus que é uma cobra.

- Precisamos passar! – Responde Paciência.

- Está bem, mas o que vão me dar em troca? – Pergunta Colossus.

- Que história é essa Paciência? – Pergunta Benji.

- É o que você ouviu. Você dar algo e ele te deixa passar. – Responde Paciência.

- Olha um cachorrinho. Está perdido? – Pergunta Colossus.

- Estou, mas o caminho de casa está atrás de você. – Responde Benji.

- Entendo. Mas você também precisa entender que aqui neste bosque tem uma espécie de pedágio se é que você me entende. – Diz Colossus.

- Sim entendo, e o que tenho que fazer? – Pergunta Benji.

- É muito simples, você tem que me dar algo em troca ai vai poder passar e ir para a sua casa. – Responde Colossus.

- Podemos fazer outro acordo. – Diz Benji.

- Não, o meu acordo é único, é pegar ou largar. – Diz Colossus.

- Este Colossus é vilão terrível! – Diz Benji.

- Você vai ter que dar algo para ele ou vai ficar preso aqui. – Diz Paciência.

- Escuta?! – Diz Benji.

- O que é?! – Pergunta Colossus.

- Não era melhor você ficar em cima de uma árvore? Cobras tem mais chance de conseguir algo no alto. – Diz Benji.

- Acontece que hoje estou com preguiça em subir em árvores. Vou ficar no chão e você vai ter que me dar algo em troca pra poder passar!! – Diz Colossus.

- Você é uma criatura diabólica! – Diz Benji.

- Não me faça perder... Com todo respeito à sua amiga. Não me faça perder a “paciência”. Regras são regras e elas servem para todos! – Diz Colossus.

- Benji? Ai está você! – Diz Brutus.

- Brutus?! – Diz Benji.

- Olha ai onde o vira lata foi parar. – Diz Marieta.

- Que lugarzinho é este que você foi se meter Benji! – Diz Maria.

- Vocês vieram me buscar? Ah isso me deixa muito feliz. – Diz Benji.

- Calma ai! Não gostamos de você e isso é noventa por cento, mas aquele um por cento nos fez vir aqui e te levar pra casa na base de bicada. – Diz Arnaldo.

- Tanto faz, o importante é que vocês vieram me ajudar. – Diz Benji.

- Você pegou a bola e agora o que está faltando para você ir embora? – Pergunta Brutus.

- Está aqui é a Paciência, me ajudou a chegar até aqui. – Diz Benji.

- Uma tartaruga te ajudou? E levaram quantos dias para chegar até aqui? Hahahahaha – Diz Arnaldo.

- Ou melhor, quantos anos?! – Diz Brutus.

- Tenham mais respeito comigo suas aves feias! – Diz Paciência.

- Como estava falando, Paciência me ajudou a chegar até aqui só que está cobra não quer deixar passar disse que tenho que dar algo em troca. – Diz Benji.

- Vou trocar algumas palavrinhas com está cobra. – Diz Brutus.

Brutus então foi em direção ao Colossus e começou um diálogo.

- Com licença?! – Diz Brutus.

- Olha só um galo! O que posso ajudar? – Pergunta Colossus.

- Você poderia nos ajudar a deixar passar. – Responde Brutus.

- Como você se chama? – Pergunta Colossus.

- Me chamo Brutus. – Responde Brutus.

- Então Brutus, acontece que para passar há uma pequena contribuição para o bem deste lugar. – Diz Colossus.

- É para o bem deste lugar ou para o seu bem? – Pergunta Brutus.

- Na verdade é para o meu bem, que bom que você entendeu logo de cara hahaha para passar tem que pagar pedágio. – Responde Colossus.

- Quero que saiba que não vamos dar nada em troca!! – Diz Brutus.

- Então não vai poder passar. – Diz Colossus.

- Brutus, você ficou louco? – Pergunta Maria.

- Essa cobra não vai sair do caminho nem empurrando ela! – Diz Marieta.

- Olha vejam só! Duas galinhas? Eu adoro galinhas. Cachorrinho você pode passar com os seus amigos, mas terão que deixar essas deliciosas galinhas aqui! – Diz Colossus.

- Gostei da ideia. – Diz Benji.

- Péssima ideia! Não vamos ser o almoço de ninguém! – Diz Maria.

- Já chega! Venham todos pra cá! – Diz Arnaldo.

- O que foi Arnaldo? – Pergunta Benji.

- Falem baixo! Eu tenho um plano. – Responde Arnaldo.

- Um plano para sair daqui? – Pergunta Paciência.

- Não, não é um plano para ficarmos aqui. É claro que é pra sair, tartaruga lerda! – Responde Arnaldo.

- Tá legal Arnaldo, o que você manda? –Pergunta Brutus.

- Estão vendo aquela mangueira? Está carregada de mangas e das bem grandes. – Diz Arnaldo.

- Vai oferecer uma daquelas mangas ao Colossus? – Pergunta Benji.

- Escutem o Plano. – Diz Arnaldo.

O periquito Arnaldo tem um plano para resolver este problema chamado Colossus que não quer liberar o caminho.

- Estão preparados? – Pergunta Arnaldo.

- Estamos. – Responde Benji.

- Maria e Marieta são com vocês! – Diz Arnaldo.

As duas galinhas vão em direção de Colossus e simplesmente param em sua frente mais não dizem nada apenas querem chamar a sua atenção assim.

- O que as duas querem? – Pergunta Colossus.

Então Maria e Marieta, continuam paradas, mas sem falar com Colossus.

- Falem logo antes que eu perca a paciência com as duas! – Diz Colossus.

Elas seguem sem falar nada.

- Não vão falar nada? Então tá depois os seus amiguinhos vão ficar chorando! – Diz Colossus.

Colossus então se levanta pela a primeira vez e logo parte para o ataque.

- Agora as duas serão o meu almoço HIHIHIHIHIHIHIHEHEHEHEHEHAHAHAHA!!! – Diz Colossus.

Mas ai que surge... Espere ai. É um pássaro? Um avião? Não acho que é um pardal.

- Caro leitor, Pardal é uma ova! – Diz Arnaldo.

Perdão, perdão. Quem aparece para ajudar é o super Arnaldo.

- Agora sim! Gostei do Super Arnaldo. – Diz Arnaldo.

Arnaldo então se aproveita que Colossus movimenta a cabeça que fica bem embaixo de uma manga rosa das grandes, corta ela do pé que a fruta acaba caindo na cabeça de Colossus que fica tonto.

- Aiaiaiai O que aconteceu? Estou tonto e não consigo ver nada... Espere não são duas galinhas, são quatro, cinco, seis galinhas! – Diz Colossus.

- Vamos Maria e Marieta, temos que sair daqui! – Diz Arnaldo.

- Vou chamas os outros. Benji, Brutus e a tartaruga. Vamos embora!! – Diz Maria.

- Vamos Brutus! – Diz Benji.

- Vamos nessa! – Diz Brutus.

Benji então nota que Paciência não se move e volta para ver o que esta acontecendo com a amiga.

- Paciência, nós temos que ir. Vamos! – Diz Benji.

- Eu não vou Benji. – Diz Paciência.

- Por quê? Você tem que vir com a gente. – Diz Benji.

- Aqui é o meu lugar, só fiz isso para que vocês voltem para casa. – Diz Paciência.

- Você está certa disto? – Pergunta Benji.

Para a surpresa de todos, Colossus se recupera e parte logo para o ataque.

- Se ela não está certa isso não sei mais eu estou certo de que vou abocanhar um cãozinho!! – Diz Colossus.

- Cuidado Benji! – Grita Paciência.

Então, por incrível que pareça, Paciência tomou a frente de Benji e recebeu o ataque de Colossus. Pobre tartaruga, não merecia um final assim. Mas, para a surpresa de vocês Paciência se escondeu dentro do próprio casco e quem se deu mal nesta história foi a cobra.

- Aiaiaai meus dentes! Meus dentes! – Diz Colossus gritando de dor.

Colossus abocanhou o casco de Paciência, foi como ter mordido uma rocha.

- O que está esperando Benji?! Vai logo! – Diz Paciência.

- Obrigado por tudo! – Diz Benji.

Benji então corre para junto de seus amigos e enfim consegue sair do lugar feio e asqueroso.

Logo em seguida, os animais encontram os seus donos.

- Pai! Olha o Benji! – Grita Lucas.

- É mesmo, olha só todos os outros estavam com ele. – Diz Marcos.

- Parece que eles estavam procurando o Benji.

- É foi um alívio terem achado eles, mas temos que ir embora. – Diz Marcos.

E dentro do carro.

- Ai Benji, se dá próxima vez você sumir, vou te trancar na gaiola do Arnaldo ao invés dele. – Diz Brutus.

- Brutus, deixe a minha gaiola fora das suas piadas. – Diz Arnaldo.

- Se isso acontecer sei que vocês vão atrás porque sentem a minha falta. – Diz Benji.

- Se o vira lata sumir quem vamos sacanear? – Pergunta Marieta.

- O Arnaldo! – Responde Maria.

- É por isso que você não pode sumir Benji. – Diz Arnaldo.

- Tudo bem Arnaldo, estou nessa contigo! – Diz Benji.

- Não está não! – Diz Arnaldo.

- Estou sim. – Diz Benji.

- Ai que droga, que cachorro chato! – Diz Arnaldo.

- Calma cara, eu só estava brincando. Não pode nem brincar! – Diz Benji.

Um texto de Victor Nascimento.

Victor Nunes Souza
Enviado por Victor Nunes Souza em 30/10/2016
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