Caquinhos

Vulgar. Que faz com que eu seja? Que faz com que você ache que eu sou? So pelo fato de ter me entregado e ainda sentir vontade de ter varias pessoas? Corpo, corpo não é nada. É so ali, o momento e depois: kabam! Some como num passe de mágica. So que sentimento não, não some. Fica ali lampejando, machucando, ardendo. Às vezes arde tanto que as lagrimas doem quando caem dos olhos. Outras vezes a garganta seca e eu sinto o meu rosto bem pálido. São coisas que você nem devia saber, mas que devia notar. E eu que só queria um namorinho de portão. Não precisava ser perfeito, eu não queria aquela barriguinha tanquinho, nem flores toda semana. Eu só queria alguém que eu pudesse contar e recontar todas as pintinhas ao acordar. Alguém que eu pudesse sentar no colo pra chorar e me sentir a menina mais menina de todas e pudesse sentar no colo para sentir prazer e me sentir a mulher mais mulher de todas. Alguém que sempre que eu estivesse me afogando, ao invés de jogar uma bóia, se jogasse no mar para me salvar. No meu mar de lagrimas. Eu juro que tento me iludir e acreditar que você gosta de mim, tento achar que quando seu olhar ta distante é porque seu pensamento esta na gente, mas eu sinto, sinto que você esta pensando em outro alguém. Sinto e sinto muito por isso. Sinto mais ainda por saber que por mais bonita, inteligente e ainda tendo as unhas vermelhas mais lindas, nada disso te conquista ou impressiona, pois você não quer nada disso. O que você quer eu não posso te dar e o que eu quero você não sente por mim. E eu, que so queria um namorinho de portão, alguém “pra passar os dias ruins”, acabei arrumando alguem que acaba me proporcionando dias piores e namorinho de vidro.

Moan
Enviado por Moan em 10/07/2006
Reeditado em 10/08/2006
Código do texto: T191428