Para a posteridade.

Logo depois do almoço o marido pediu que ela colocasse o seu melhor vestido.Era para tirar uma fotografia. Ela alvoroçou-se, poucas vezes tivera esta oportunidade. Vestiu-se com esmero, colocou o casaco finamente ornamentado e o chapéu de plumas.

O marido ficou muito elegante em seu mais bem cortado traje. Como complemento para o dia frio, vestiu o sobretudo e o chapéu novo.

No horário marcado chegam ao estúdio.

Eles fazem pose enquanto o fotógrafo ajeita-se atrás da grande caixa, cobrindo-se com o pano preto.

- Olha o passarinho! Era o sinal. Pronto.

Saíram belos os dois, a foto é para a posteridade.

A foto resistiu ao tempo, estática e bela. Jazia esquecida na caixa de papelão, até ser encontrada pela bisneta. Acabou na internet.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 30/06/2010
Código do texto: T2350975
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