Manhã especial

Às onze horas em ponto estará no banco para receber uma soma respeitável que lhe é devida. Vagueia pelo centro, são apenas dez horas. Vem-lhe a idéia de entrar em uma lancheria e tomar um café.

Abre a carteira, surpreende-se: não tem dinheiro para pagar um café! O que fazer? Lembra-se de uma conta que jaz meio esquecida, quase desativada, em um banco que não costuma mais frequentar. Corre a buscar uns trocos.

Feliz e ansiosa, entra na primeira confeitaria que vê a sua frente, pede um expresso. Às exatas onze horas, está diante do funcionário. “Seu dinheiro foi liberado.” Depois de tantas idas e vindas, tem vontade de gritar, pular, espernear. Limita-se a abrir um amplo sorriso de alívio.