Visita de Cristo
Passava das cinco da tarde, nas mesinhas do lado
de fora do estabelecimento pessoas aproveitavam o feriado prolongado, conversavam animadamente.
Chegou, cumprimentou os amigos, sentou-se para
papo descontraído.
Dois ciclistas chegam estacionam as bicicletas, adentram no estabelecimento para um lanche.
Do nada ele surge no cenário.
Magro, nos pés um par de calçados rotos, a casa nas costas - um velho e surrado cobertor verde com detalhes em amarelo, desbotado pelo tempo, encardido nas calçadas - seu leito ao relento.
Pediu o que comer.
Recebeu dos ciclistas dois salgados e um suco.
Saia apressado quando ela o chamou.
- Moço, sente-se, por favor, coma devagar.
Sem entender fitou-a profundamente, obedeceu.
Comia com tanta avidez que por mais de uma vez
ela lhe disse com ternura.
- Moço, não tenha pressa, coma devagar.
Quer mais um suco?
Ele a fitava ...
Acenou a cabeça dizendo que sim.
A fome era tanta que doía na alma somente de ver.
Obrigada senhora....obrigada senhora, dizia
fiando-a.
Pausou várias vezes.
Terminada a refeição ela lhe deu alguma importância em valores dizendo que seria para o próximo alimento.
Quando ele se levantou estendeu a mão ... obrigada senhora.
Os amigos da mesa ouviram nitidamente o que ela dizia amorosamente:
- Procure a sua família, não se sinta menor por viver nesta casa chamada rua, pois tem tanta gente que mora em palácios e no entanto está presa.
Continuava...
Deus te fez perfeito, acredite, ele pode mudar sua vida, ele precisa de você...
Ele, atentamente fitava como se estivesse recebendo um raro presente.
O único talvez - a atenção.
Quando ela terminou de falar ele delicadamente estendeu a mão, para cumprimentá-la.
As mãos se cruzaram suavemente ele ergueu-as beijando respeitosamente a mão dela.
Repetiu o gesto, dizendo...
Obrigado senhora...
Cristo disse nas escrituras, quando receberdes
o fraco, o necessitado, a mim estarás recebendo...
Agradeceu pela última vez. Serenamente sguiu seu caminhar.
Comovida, sem que percebessem agradeceu a Deus baixinho pelo momento de plena comunhão.
POr receber a visita de Cristo às vésperas da Páscoa.
(Ana Stoppa)
Passava das cinco da tarde, nas mesinhas do lado
de fora do estabelecimento pessoas aproveitavam o feriado prolongado, conversavam animadamente.
Chegou, cumprimentou os amigos, sentou-se para
papo descontraído.
Dois ciclistas chegam estacionam as bicicletas, adentram no estabelecimento para um lanche.
Do nada ele surge no cenário.
Magro, nos pés um par de calçados rotos, a casa nas costas - um velho e surrado cobertor verde com detalhes em amarelo, desbotado pelo tempo, encardido nas calçadas - seu leito ao relento.
Pediu o que comer.
Recebeu dos ciclistas dois salgados e um suco.
Saia apressado quando ela o chamou.
- Moço, sente-se, por favor, coma devagar.
Sem entender fitou-a profundamente, obedeceu.
Comia com tanta avidez que por mais de uma vez
ela lhe disse com ternura.
- Moço, não tenha pressa, coma devagar.
Quer mais um suco?
Ele a fitava ...
Acenou a cabeça dizendo que sim.
A fome era tanta que doía na alma somente de ver.
Obrigada senhora....obrigada senhora, dizia
fiando-a.
Pausou várias vezes.
Terminada a refeição ela lhe deu alguma importância em valores dizendo que seria para o próximo alimento.
Quando ele se levantou estendeu a mão ... obrigada senhora.
Os amigos da mesa ouviram nitidamente o que ela dizia amorosamente:
- Procure a sua família, não se sinta menor por viver nesta casa chamada rua, pois tem tanta gente que mora em palácios e no entanto está presa.
Continuava...
Deus te fez perfeito, acredite, ele pode mudar sua vida, ele precisa de você...
Ele, atentamente fitava como se estivesse recebendo um raro presente.
O único talvez - a atenção.
Quando ela terminou de falar ele delicadamente estendeu a mão, para cumprimentá-la.
As mãos se cruzaram suavemente ele ergueu-as beijando respeitosamente a mão dela.
Repetiu o gesto, dizendo...
Obrigado senhora...
Cristo disse nas escrituras, quando receberdes
o fraco, o necessitado, a mim estarás recebendo...
Agradeceu pela última vez. Serenamente sguiu seu caminhar.
Comovida, sem que percebessem agradeceu a Deus baixinho pelo momento de plena comunhão.
POr receber a visita de Cristo às vésperas da Páscoa.
(Ana Stoppa)