Eu gosto é do limpo, do claro e do escuro...

Eu gosto é do limpo, do claro e do escuro, da pele e das sardas no colo, dos pelos e dos detalhes que o corpo compõe quando contorcido pelo prazer, de gurias e de músicas obscuras que de certa forma, por algum motivo que eu não sei explicar exatamente qual é, me lembram estes mesmos seres que me propiciam inimagináveis ilusões e fragmentos tão pequenos de alegria que mal os sinto quando pingados sobre mim. Eu gosto mesmo é de pepsi, de beijos intermináveis e de nucas que quando tocadas com a minha língua o seu cheiro imediatamente desenvolve-se no meu paladar, de maneira que eu possa sentir o seu gosto sinestésico. Eu também dou um grande valor ao concreto e às estruturas arquitetônicas de vanguarda. Não posso deixar de mencionar o meu gosto por fogos de artifícios que dançam no meu estômago após novidades e, principalmente, por madrugadas em que me encontro nadando num tédio tão profundo que eu, absolutamente do nada, começo a escrever coisas que não fazem o menor sentido, porém, quando lidas, passam, não sei como, a significar tudo o que um dia eu pensei em tornar fato.

NietzscheCywisnki
Enviado por NietzscheCywisnki em 11/08/2011
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