PINGOS D’ÁGUA

Num domingo ensolarado, ela congelava-se coberta de saudade.

Estava num vazio tão cheio de vontades, que mal percebera a tarde entrar em seu quarto antes de seu amanhecer.

Tudo que ela queria, era ficar só... Mas não conseguia se desvencilhar dos pensamentos, e dos pingos d’água da torneira desgastada de sua pia.

Ivone Alves Sol

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Um mimo do querido Daniel Amaral, diretamente de Portugal.

AO SOM DA CHUVA

(Com uma música de fundo)

Duma nuvem caem pingos d'água

Para que te lembres de mim

E os meus olhos, sem mágoa

Lacrimejam saudosos assim

Não é tristeza, É saudade

Que sinto dos teus versos e de ti

Que de tão longe arrebata

O meu coração que chora e sorri

Chora a tristeza da distância

Deste oceano que nos separa

Mas sorri dos momentos na lembrança

Do mais lindo que de nós ficara

Pingos d'água incontáveis

Trazem a chuva promissora

Que nos une e nos afaga

Enquanto cai suave, redentora.

Essa é todinha para você que me incitou o versejar da poesia. Beijos

Daniel Amaral, 27/11/2011

Meu queridíssimo!!! Não sei se fico honrada, embevecida ou "metida" rsrsr. Que composição maravilhosa! Não vou mais consertar minha pia, se os pingos inspiram tanto! rs. Ah, brincadeiras à parte, a saudade ficou envolvente, e a abscissa curtinha aqui.... Sensibilidade, fluência e muita poesia! Sou mesmo uma pessoa privilegiada! Abraço-te com minha alma e coração, Sol