O Pirata e a Sereia

A embarcação avançava rapidamente em um entardecer do Mediterrâneo. Os piratas de olhares perdidos nos horizontes, desejavam se alimentar e saciar a sede que desanima.

O grande objetivo da expedição era justamente um tesouro enterrado. Um importante rei escondeu de saqueadores.

John era o mais novo da tripulação, esfregava os olhos lacrimejados e fracos, descuidados de qualquer miragem. Encarava o horizonte em busca de algo na vertical.

Num instante, um sussurro ganhou som e uma voz ganhou uma vida.

Os olhos fracos de John – agora estão no poder! Procurava no mar a origem desta voz.

Algo e algas se manifestam nas ondas. Uma moça? Uma miragem? Uma paisagem?

A ela sobe nas pedras. E aprisiona os olhos fracos do novato pirata, que se deixa aprisionar.

Sua calda musgo permanece, como uma mão que chama. E o pirata, não tem forças. Mas consegue caminhar.

Ela tinha uma voz sedutora que consumia a consciência. O que ele lembrava, era que amava aquela mulher, de tal forma que não importava pensar.

Caiu no mar.

Envolvido pelo conforto dos braços da moça que o beijava.

John, amou.

Fábio Aiolfi
Enviado por Fábio Aiolfi em 23/05/2012
Reeditado em 11/07/2019
Código do texto: T3684533
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