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                             DONNA, UM QUADRO


Era fadada a dita. Possuía-se quando vista de frente, pois levava na cara sua cara em metades: meio falsa, meio verdadeira. Sorria encantadoramente de um lado, gargalhava aos borbotões do outro. Sabia de cor a e para quem deveria se mostrar. Amada pelos da esquerda, detestada pelos da direita, vivia às voltas, sem avaliar, ao ser conhecida e reconhecida à custa de sua identidade, essa lhe valia de muito quando bem atualizada. Nem velha, nem moça; morreu como viveu, com sua cara estampada em uma tela de museu.