Dani
Dani levantou da cama fria e foi ao banheiro. Olhou-se no espelho. “Que merda!”. O escuro em seus olhos era uma mistura de suas olheiras e o lápis do dia anterior.
Checou o celular. Nada. Nenhuma ligação ou mensagem. Ninguém se preocupava com seu bem estar. Que sensação incrível!
O homem deitado na cama se mexeu. Dani foi até a escrivaninha onde a carteira dele estava, pegou todo o dinheiro, seu casaco e foi embora.
Pegou um táxi. Pensou em dizer seu antigo endereço, mas qualquer um poderia estar vivendo lá agora.
Ia dizer o endereço de seus pais, mas se aparecesse na porta naquele estado alguém a mataria, com certeza.
“Moça, qual o endereço?”
“Qualquer lugar, moço, qualquer lugar...”