Final Feliz.
Hoje li um texto especial. Uma bela página de uma história de amor. Um corte na vida de dois personagens que se amam, num momento de desentendimento.Estavam à beira do caos e o último ato já havia sido ensaiado e sofrido por antecipação.
O autor se esmerou em detalhes. Os conflitos foram descritos com precisão. As emoções também, se é que se pode precisar emoções.
O fato é que meus sentimentos afloraram ao passar os olhos pelas palavras. Ah, doeu sim ver um grande amor prestes a cair no precipício.
Ele razão. Ela emoção. Eu torcendo por um final feliz.
"Dê uma chance, a ela". Eu pedia como se o escritor pudesse reverter sua história para me atender.
A narrativa continuava com o protagonista insistindo em preservar o passado vivido, o respeito, a dignidade.
Ela concordava com ele nesses aspectos, mas era mais emotiva.
A tensão, a dor e o medo saltavam do texto. Os diálogos denotavam ansiedade e eu em suspense, mergulhada naquelas linhas.
Chorei a dor da protagonista, como se doesse aqui em mim. Assumi os argumentos dela, como se meus fossem. Desconfiei do amor dele e me revoltei.
Em outro parágrafo, percebi uma nesga de luz. Vi que o autor parecia se inclinar pelo entendimento e ganhei ânimo.
De novo intervi: “deixe-a mostrar que o ama".
O autor pareceu me ouvir. E mudou o tom. Logo em seguida a mocinha pergunta se ele ainda a ama. Diz que insistirá se ele a amar, mas que o deixará ir se ele não mais sentir amor por ela.
Ele parece relutar em responder. Eu, leitora, prendo a respiração, tal qual a personagem lá no conto. Ele tenta desconversar. Ela o manda seguir. Ele, tenta se manter firme, diz que não importa o que sente, diante do impasse que estão vivendo. Não pretende prolongar aquela agonia.
Ela o olha e pergunta se deve jogar a toalha. Diz que vai deixá-lo ir. Ele sugere conversarem mais. Procuram um lugar mais calmo. Seguem ainda tensos no caminho.
Ao chegarem. Ela salta do carro e ele a segue. Dão alguns passos e ela sente o corpo do homem amado bem junto ao seu, mesmo que não o esteja vendo, pois ele está atrás dela. O calor daquele corpo aquece o seu. Seu coração dispara.
De repente, ela sente a boca do seu homem em sua nuca. Ele a abraça por trás. Ficam assim, imóveis, por um tempo indefinido. Ela se volta para ele. Olham-se e o amor é sentindo sem disfarces. Beijam-se apaixonadamente. Pronunciam juntos a mesma frase: eu te amo. Beijam-se novamente. Rendem-se a um sentimento mais forte que os dois e juram lutar por esse amor.
Eu terminei a leitura com um sorriso nos lábios. Aquele conto me fez um bem enorme.Adoro finais felizes.
Fechei o livro. Adormeci e sonhei com um amor igual àquele criado pelo contista.
Evelyne Furtado.Em 26 de junho de 2007.