A faz-tudo

Naquela manhã – seria manhã? – quando abriu os olhos, se sentiu estranha. A sua volta, descortinou a filha, um neto, uma neta. Parecia flutuar. Ouviu perguntarem:

– Tás bem?

Era como se mil luzinhas se revezassem em sua mente, ora brilhando, ora apagando. Ela, no centro, atordoada. Tentando concatenar as coisas, num esforço vão. Tentou fechar os olhos, para ver se conseguia desligar. Tentou se segurar nas bordas da cama. Alguém falou:

– Chama ali o vizinho, ele entende.

Só quando a atenderam no hospital, conseguiu escapar daquela aflição.

Observação:

Voltando, depois de um tempo fora - praia, atividades diversas. A necessidade de escrever me trouxe de volta, além da vontade de restabelecer contato com meus amigos. Espero que estejam todos bem. Fase de readaptação, consegui garatujar um texto. Abraços.