UM SONHO EM VIENA
(Hull de La Fuente)

Cap. III



Olhei em volta do imenso pátio procurando a fonte onde me foi dito que meu par estaria aguardando. Havia um grupo de moças e rapazes próximos da mesma. Fiquei observando-os tentando adivinhar com qual daqueles rapazes eu dançaria. Depois voltei minha atenção para as pessoas que chegavam. Havia gente de todo jeito. Casais jovens, rapazinhos e mocinhas elegantemente trajados. Novamente pensei em Loredana, ela ficaria linda num daqueles vestidos de baile e provavelmente faria muito sucesso entre os jovens.

 

Dos carros luxuosos desciam senhores e senhoras de idades bem acentuadas, exibindo suas bonitas roupas de baile.  Muitos deles vinham acompanhando os netos e netas ao baile das tardes de setembro. Nesse momento, um grupo de animados espanhóis desceu de um micro-ônibus de hotel, tagarelando alto, com a peculiar maneira de falar por entre dentes. Alguns do grupo falavam da expectativa das próximas horas de dança. Logo pude ver que eu não era a única estrangeira. Senti-me como se estivesse numa assembléia das Nações Unidas, tamanha era a variedade de idiomas a minha volta.

 

Dei alguns passos em direção da entrada e senti a brisa da tarde acariciando-me o rosto e lambendo-me os ombros nus. Puxei a bonita echarpe sobre os ombros, não seria uma simples brisa que iria estragar meu baile sonhado. Eu não podia resfriar-me. Imagine o vexame que seria espirrar nos braços do gentil cavalheiro que eu ainda nem conhecia.  Lembrei-me das palavras de minha mãe, quando anunciei a viagem a Viena, pra participar de um baile no palácio da valsa. Ela também ficou preocupada com a idéia:

Continua...

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 30/05/2008
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