UM SONHO EM VIENA
(Hull de La Fuente)
Cap. VI
Friedrick levantou-se e veio até a mim e, ao som da “Valsa do Imperador”, deu-me o braço e conduzindo-me ao baile. Meu coração batia rápido. Eu estava emocionada. Aquele momento era mais lindo do que as cenas do baile no filme “Sissi, a rainha da Áustria.”
O cavalheiro que a agência me destinara era um excelente dançarino. Ele me fazia flutuar como uma pluma. Rodopiávamos pelo salão e a cada movimento o perfume amadeirado que exalava dele, entrava por minhas narinas e me fazia pensar coisas. Intimamente eu sorri lembrando de Loredana e o “velhote barrigudo cheirando a cerveja”.
Dançamos seguidamente ao som das lindas valsas de Straus pai e Straus filho.
Em alguns momentos a mão esquerda do rapaz deslizava pelo lado direito das minhas costas. Suas mãos eram ligeiramente ásperas, e eu me perguntava o que poderia causar aspereza nas mãos de tão bela criatura. Voltei do mergulho aos pensamentos com a voz de Friedrick, ao meu ouvido, queria saber se continuaríamos falando italiano. Sorrindo respondi que estávamos calados, ele entendeu a brincadeira e também riu, acrescentando que eu dançava muito bem.
dançarinos. Perguntei a Friedrick se aquelas fotos
seriam vendidas e ele me confirmou. Depois de algum tempo, paramos de dançar e, de mãos dadas, voltamos à nossa mesa. Um garçom nos serviu champanhe. Friedrick ergueu a taça e brindou ao nosso encontro. Devo ter Ficado vermelha, mas agradeci respondendo ao brinde.
Continua...