UM SONHO EM VIENA

(Hull de La Fuente)


Cap. VIII



não poderia juntar-me ao grupo organizado por ela. Ele me deu o telefone da cunhada e eu entrei em contato com ela. Colhi as informações necessárias e durante mais de oito meses, através da agência em Milão, preparei-me para o momento que estava vivendo agora.

 

 Friedrick levou-me de volta a mesa onde nos serviram deliciosos salgadinhos e mais champanhe. O rapaz olhava-me nos olhos, de maneira fascinante e eu me deixava hipnotizar por ele. Era um jogo sensual e perigoso, mas eu gostava daquele jogo. Não parávamos de conversar, talvez para que nossos olhos não se separassem. Então voltamos novamente para a pista de dança.  Eu dançava e sonhava nos braços do bonito dançarino. Era tudo maravilhoso.

 

Quantas mulheres sonhariam viver momentos iguais aos que eu estava vivendo e nem sequer imaginavam que existia um lugar onde o sonho podia virar realidade?  Pensei nas moças do Brasil, o meu distante país do samba e de tantas outras danças quentes e animadas, mas nenhuma romântica.

Quantas gostariam de conhecer aquele lugar? Provavelmente, pouquíssimas. Muitas certamente nunca nem ouviram falar de valsa ou muito menos de que houvesse um lugar no mundo onde nas tardes de outono pode-se bailar por horas. Friedrick puxou-me para perto dele e em tom carinhoso e brincalhão sussurrou-me:

 

_Meu reino pelos teus pensamentos.

 

Sorri e respondi que pensava no meu país. 

– Por que não pensas em algo mais próximo, mais palpável? O Brasil é muito longe da Áustria... Respondeu-me sorrindo...

Continua...

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 02/06/2008
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