A esperança é a última que morre, mas a primeira, a ser jogada ao mar...

Ponto final! Terminei mais uma. Outra carta, e pelo visto, essa também foi escrita em vão.

Que pena! Ela terá o destino igualzinho a todas as outras. Um baú, lá no meu porão, pois não tenho a quem remetê-las.

Muitas de alegrias, algumas de amor, outras de tristeza e desilusão.

Engraçado! Com essa, tudo aconteceu desigual. Antes de guardá-la, eu reli tudo o que havia escrito coisa que nunca fiz antes! Sei lá! Alguma coisa soava diferente, tinha um toque novo e todo especial.

Ela era uma carta de esperança!

Então parei!... Pensei!... E disse a mim mesma!

Ah, essa aqui não! Esta merece um destino diferente!

Fui ao quintal, peguei uma garrafa, e dentro dela, eu a coloquei.

Corri!... E com ela em minhas mãos, fui bem pertinho da beira, e ao mar, eu a lancei.

E assim, foram todas! Uma atrás da outra.

Com um imenso desejo, de que todas, achem os seus verdadeiros destinatários.

Senti-me como cada uma delas... Livre! Verdadeiros peixinhos a nadar nesse imenso oceano.

Então, pensei novamente:

Pena que garrafas, não tenham asas!

Imagine só que beleza! Os meus sentimentos, por todo esse mundão de céu, e ao sabor do vento, feito pássaros, somente a voar!

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 28/01/2009
Reeditado em 28/01/2009
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