O Assassinato da Família Hosomi (Parte III)

John já tinha 23 anos, havia se formado em medicina, o que facilitava o seu trabalho, sabia os melhores métodos de tortura, e também os mais rápidos. Era o mais impiedoso de todos, ele via na dor das pessoas um prazer inexplicável. Se a pessoa que lhe diziam para matar tinha família, curiosamente, ele a matava de uma maneira mais desumana e insensível ainda. Talvez fosse porque lhe disseram que a família o abandonou quando pequeno, que ele foi encontrado quase morto em uma lata de lixo nas proximidades de um cemitério abandonado.

Em certo dia de folga, ele decidiu mexer nos arquivos de seu chefe, buscando algum inimigo passado, para que pudesse matar para passar o tédio. Nisso, ele encontra um arquivo nomeado “Assassinato da Família Hosomi”, o qual o interessou muito, pelo fato da família ter o mesmo sobrenome que o dele. Afinal, se seu chefe, Sammael, teria um conflito pessoal com essa família, por que John trabalha para ele, sendo praticamente um filho para ele?

Começou a folhar o arquivo e encontrou fotos, em uma delas, havia um homem, uma mulher, uma pré-adolescente e um bebê que aparentava sem recém-nascido. Guardou a foto no bolso e abriu na página onde havia uma descrição detalhada da família: nomes completos com uma árvore genealógica, o que eles fizeram nos últimos dois meses, temperamento e uma breve biografia de cada um. A biografia do bebê era única que só tinha o nome: John Hosomi.

A porta entre aberta do escritório se abre lentamente fazendo um ruído estridente. John rapidamente guarda o arquivo e finge estar procurando impacientemente outro que lhe interesse. Seu chefe ao entrar na sala, percebe a presença e vai em direção ao John.

- Então meu filho – disse ele. - O que tanto procura? Se quiser que eu diga uma família que nos últimos dias tem me incomodado, me avise que eu posso ajudá-lo com seu trabalho. Se bem que você não precisa não é mesmo?

Sammael deu uma risada forçada, quase engasgando, o que fez com que John olhasse para ele.

- Você está bem? –perguntou.

- Francamente, não sei se duro mais muito tempo. Fui no médico essa semana e ele disse que tenho estilhaços no meu pulmão. Deve ter sido em alguma briga de rua que eu sempre acabo me envolvendo.

Nesse momento o primeiro pensamento que veio à mente de John foi “Por que esse filho da puta ainda não morreu numa dessas?”.

- Quer que eu te examine? – John disse pensativo.

- Bom, você deve saber utilizar a medicina para cura não só para morte... Por que não?

MaaHxD
Enviado por MaaHxD em 29/01/2009
Reeditado em 29/01/2009
Código do texto: T1410239
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