Nova vida e um novo amor
Inverno de 1988. Tudo começou quando a família Paiva se mudou para
o interior de São Paulo. Samanta sonhava em dar uma boa educação as filhas, Nicole e Maria. Viúva desde de 1982, ela não imagina que daria tanto trabalho cuidar de duas crianças pequenas. Mudou-se no dia 15 de Outubro. Chovia bastante naquela noite. Samanta teve que abandonar a sua casa em Minas Gerais, onde foi expulsa pelo o seu próprio pai.
***
- Acorde Maria, preciso que me ajude!-chamava Samanta.
- Me deixe dormir mãe. Ainda é cedo!-resmungava ela.
- Esqueceu como está a nossa situação querida? Você precisa me ajudar menina!
- Por que a senhora pede tudo a mim mãe?
- A sua irmã tem apenas 8 anos, não se compare a ela.
Maria dos Anjos levantou-se irritada e foi direto lavar a louça. Não se conformava com a vida que tinha. O que ela mais desejava era ter uma boa condição de vida.
Samanta sofria com aquela situação. O que ela mais queria era dar uma boa vida as suas filhas.
***
Samanta acabara de servir o almoço quando Maria olhou para o prato e disse:
- Eu não vou comer essa porcaria!
- Não podemos escolher o que comer Maria... A mamãe faz de tudo para colocar comida na mesa.-disse Nicole.
- Depois que o papai morreu, a nossa vida é só pão e água!
resmungava aquela criança insatisfeita.
Os olhos de Samanta se encheram de lágrimas.
- Eu estou fazendo de tudo para encontrar um emprego querida.
- A senhora vai conseguir mamãe... Ainda é jovem!-dizia Nicole sempre encorajando a mãe.
***
Sexta-feira com bastante chuva. Samanta acordou bem cedo e foi a procura de emprego. Deixou as filhas dormindo e saiu sem fazer barulho. Andando sem destino pelas ruas, ela avistou uma placa que dizia:
" Procura-se vendedoras".- Samanta entrou nessa mesma loja e perguntou a uma moça jovem de olhos claros:
- Ainda estão contratando vendedoras?
- É para a senhora?-perguntava a jovem com um olhar de esnobe.
- Sim.
- A última a ser contratada acabou de sair senhora.
- Por que a pergunta então?
- Como senhora?-perguntou a funcionaria fingindo não entender.
- Então por que perguntou se era para mim? Algum problema com a minha aparência?
- Me desculpe senhora... eu não quis ofendê-la!
- Idiota!-irritou-se ela.
Um homem alto, bonito e que usava uma roupa bem social, estranhou aquela discussão e perguntou não gostando nem um pouco:
- Algum problema por aqui Rebeca?
- Não senhor.
- Mentirosa! Existe sim um problema aqui moço... essa funcionária me esnobou!
- É verdade Rebeca?
A secretária ficou calada sem ação alguma e ele disse:
- Depois conversaremos Rebeca!
Samanta pegou a sua bolsa de cima do balcão e estava indo embora, mas aquele homem a impediu dizendo:
- Me desculpe senhora.
- Tudo bem moço.
- A senhora veio comprar alguma coisa?
- Não, eu só queria um emprego!-respondeu ela com lágrimas derramando naquele belo e macio rosto.
- Ainda tenho uma vaga para vendedora! Venha comigo até a minha sala.
***
Parecia um sonho. Samanta estava prestes a conseguir um emprego. Acomodou-se na sala daquele simples homem e estava preparada para o que viesse.
- Bom dia Senhora, qual é o seu nome por gentileza?
- Samanta Paiva!-respondeu.
- Bonito nome! O meu é Max Eduardo. Antes eu queria te pedir desculpas pela atitude da minha secretária.
- Já passou!
- Quantos anos você tem?
- 29!
- Tem filhos?
- Tenho duas filhas... Uma de 12 e outra de 8.
- Nossa! Já tem filha com essa idade?
- Me casei cedo!-respondeu ela seriamente.
- Por que precisa desse emprego?
- Por que não quero que as minhas filhas morram de fome! Eu perdi o meu marido há 6 anos e venho lutando sozinha por elas.
Max Eduardo se comoveu e disse:
- Não costumo empregar mulheres que tem filhos Samanta.
- Obrigada por ter me escutado então!-disse ela levantando-se.
- Sente-se, eu não terminei de falar!
Com um pouquinho de esperanças, Samanta sentou-se e Max continuou:
- Eu gostei de você, quando pode começar?
Samanta sorriu de tanta felicidade e respondeu:
- Amanhã!
- Te espero então!
- Obrigado mesmo senhor...
- Apenas Max, por favor!
- Eu agradeço Max.
O valor de um esforço
Era 12:00 e chovia muito. Samanta estava tão feliz que nem se importou com a chuva. Chegou em casa toda molhada, mas com o sorriso do tamanho do mundo.
- Maria, Nicole...-chamava ela.
- Onde esteve mamãe? Estávamos preocupadas!-perguntou Nicole.
- A mamãe tem uma ótima noticia.
- Diga logo mãe... Esta me deixando nervosa!-disse Maria.
- A mamãe conseguiu um emprego!
- Sério?-perguntou Maria.
- Seríssimo filha!
- Aonde?
- Em uma loja de roupas.
- Que bom mãe!-disse Nicole.
Maria a pegou pelas mãos e disse:
- Vamos comemorar... Fiz macarrão!
Samanta não sorria daquele jeito há anos. Nunca tinha visto uma família tão feliz como a dela naquele momento.
***
- Bom dia Max!
- Oi Samanta... seja bem vinda. A Lucy vai te ensinar tudo.
- Prazer, eu sou a Lucy!
Samanta usava um vestido longo preto e sandália rasteira. O seu figurino não era tão apropriado. Todos a olhavam de uma forma esnobe. Lucy quis acalma-la e disse:
- Não ligue, esse povo é tudo estranho!
- Eles se vestem tão bem!-disse ela observando os clientes que ali estavam presentes.
- Venha Samanta, você precisa colocar o uniforme!
Lucy a levou para o vestiário das funcionárias e puxou papo enquanto ela se vestia:
- Você veio de onde?
- Eu sou mineira.
- Por que veio de tão longe?
- Tive problemas pessoais com o meu pai, e resolvi viver sozinha com as minhas filhas.
- Você não é casada?
- Não, sou viúva. Eu o perdi há seis anos. Os pais dele não gostam muito de mim. O meu maior medo é que eles tomem na justiça as minhas filhas!-dizia Samanta.
- Não precisa ter esse medo!-disse Lucy.
- Acho melhor voltarmos ao trabalho!-falou Samanta.
***
Max a observava de longe. Samanta tinha jeito para vendedora. Era carismática e alegre.
Os clientes a adoravam. Ninguém nunca fez uma compra tão alta como um cliente que foi atendido por ela. O seu nome era Batista.
- Volte sempre seu Batista!
- Claro que voltarei... Mas só vou querer ser atendido por você minha querida-disse abraçando-a.
Fim de tarde. Todos estavam indo embora, quando Max a chamou para uma conversa em sua sala.
- Parabéns...
- Obrigada, mas por que está me dando felicitações?
- Aquele senhor fez uma ótima compra! Você leva jeito para vendas.
- Só estou fazendo o meu trabalho Max... Preciso desse emprego!
- Samanta eu queria muito ajuda-lá...
- Não precisa, o senhor já está me ajudando muito!
- Amanhã teremos um evento e a sua presença é fundamental!
- Que evento?
- Aniversário da minha loja. A Lucy não te avisou?
- Não!-respondeu ela.
- Todas as minhas funcionárias trabalham nesse dia!
- Estarei aqui!
- Eu não quero que venha como funcionária, mas sim como minha convidada!
- Eu agradeço Max, mas não posso aceitar.
- Por que não?
- Sou uma simples funcionária, e não quero abusar de sua bondade. E mais, não tenho roupa apropriada para usar nesse tipo de evento!
- Você não está abusando, sou eu que estou te convidando. Enquanto roupa apropriada, autorizo a pegar um da loja.
- Não posso gastar... Tenho muitos compromissos com o meu salário. Obrigado pelo convite!- disse ela.
- É um presente Samanta!
- Não posso aceitar, obrigada!-respondeu Samanta retirando-se da sala.
***
- Acorde mamãe, já são 9:00. A senhora está atrasada.-chamava Nicole.
- Eu não vou querida ,hoje é festa de aniversário da loja. Não trabalho agora, só mais tarde.
Maria dos Anjos acabara de entrar no quarto chamando a mãe:
- Mãe, olhe só o que acabaram de me entregar.
- O que é isso Maria?
- roupas!-respondeu.
- Deixe-me ver!
Era o vestido mais lindo que Samanta havia visto. Ela procurou por algum bilhete, e achou na caixa de presente:
" Não aceito devoluções". Pego você e as meninas as 20:00. Espero que tenha gostando do vestido. Achei muito parecido com você, beijos, Max".
- Que vestido lindo mamãe!-elogiava Nicole.
- azul, a sua cor preferida!-comentava Maria.
- É lindo mesmo! Eu estava namorando esse vestido na vitrine da loja. É lindo!-dizia ela surpresa.
- Quem é esse Max mãe?-perguntava Maria.
- É o dono da loja querida.
- Ele comprou vestido rosa para mim. Eu odeio rosa!-criticava Maria.
- O meu é lindo! azul, a cor do céu!-sorria Nicole.
Alguém batia na porta e Nicole foi atender. Era Lucy.
- Oi princesa, a sua mãe está?
- Entre... Vou chama-la!
Samanta alegrou-se ao ver Lucy e mostrou o vestido a ela:
- Olhe Lucy, o que você achou?
- Esse vestido custa caro Samanta, como vai pagar?-perguntava ela preocupada.
- O Max me deu, acabaram de deixar aqui em casa.
- Meu Deus! Ele esta gostando de você.-disse ela.
- Não diga besteira!
- Besteira? Claro que não! Você não percebe Samanta? Aposto que ele a convidou para ir a festa ao lado dele!
- Como você sabe?
- Eu não sabia, simplesmente é o que passava pela minha cabeça, e vejo que acertei.
- Eu não quero nenhum compromisso!-afirmava ela nada alegre.
- Ele é lindo Samanta! O Max é um ótimo homem. Você vai a festa com ele?
- Eu não sei, acho que sim! As minhas filhas estão precisando se divertir.
- Meninas, posso raptar a mãe de vocês por um tempo? Ela não pode ir descabelada desse jeito!-perguntou Lucy com um tom de brincadeira.
- É claro que pode!-respondeu Maria.- Ela precisa mesmo de uma transformação!
Uma noite perfeita
Era uma noite maravilhosa. Max acabara de chegar para buscar Samanta e as filhas. Bateu na porta e Maria abriu:
- Oi.
- Que garota linda... Como se chama?
- Maria dos Anjos!
- Quem é Maria?-perguntou Samanta que acabara de ver Max.
- Como você esta linda!-elogiou ele diante de tanta beleza.
- Obrigada!-respondia sem jeito.- Essa é a Maria.
- Já nos conhecemos!
- Venha aqui filha, o Max chegou!
- Desculpe mamãe, eu não consegui amarrar o meu cabelo!-disse Nicole.
- E essa linda garotinha... Como se chama?
- Eu sou a Nicole...
- Sabe Nicole, você está linda com os cabelos soltos!
Samanta sorriu e disse:
- Então vamos!
***
Era uma noite perfeita. O céu não estava estrelado, mas o tempo bem agradável. As crianças se divertiam enquanto Max apresentava aquela bela dama aos convidados. Ele a olhava com tanto encanto, que todos percebiam. Samanta não se sentia a vontade e resolveu
tomar um pouco de ar fresca. Os seus olhos eram de encanto. Nunca havia ido a uma festa tão chique.
- Você esta bem?-perguntava Max.
- Estou ótima!
- Não esta gostando da festa?
- Claro que sim!-respondia ela.
Ele a olhava profundamente como nunca havia olhado para mulher alguma. Max aproximou-se do seu belo rosto e acariciando-a delicadamente disse:
- Como você é incrível!
Ela calou-se e ele a beijou.
Só quero ser feliz
Alguns anos se passaram e Maria já era uma adolescente. Era o dia do seu aniversário de 15 anos.
Samanta a presenteou com um lindo vestido preto.
- Obrigada mãe.
- Quero que use o vestido hoje a noite querida.
- Eu não quero sair com o seu namorado mãe. Eu queria um jantar em família!
- Ele gosta de vocês, e eu o amo Maria!-disse ela.
- Eu não gosto dele!
- Mas eu gosto filha. Agora chega de conversa, quero você pronta as 20:00 entendeu?
- Tudo bem mãe.
***
Com tanta sabedoria Samanta sabia o que estava fazendo. Depois da morte do marido ela não quis saber mais de nenhum homem, mas Max a conquistou com o seu jeito de ser. Apaixonou-se e ninguém a impediria de viver aquela grande paixão.
Era noite e todos seguiam diretamente ao restaurante preferido de Samanta.
- Será uma noite adorável meninas. Aposto que vocês irão gostar!-disse Max.
- Aposto que não!-disse Maria irritada.
- Me desculpe Max.
- Não precisa se desculpar Samanta. Eu entendo o que a Maria está sentindo.
Samanta incomodada com aquela situação disse a filha:
- Vamos parar por hoje Maria!
- Me desculpe mãe, não fique aborrecida.
Um jantar nada agradável
Já passava das 21:00 quando Samanta e a família acabara de chegar ao restaurante. Depois de se acomodarem, todos fizeram o pedido e em seguida Max entregou uma caixinha grande a Maria.
- Feliz aniversário Maria!
- O que é isso?-perguntou ela aceitando o presente.
- Abra!
Maria abriu a caixa e avistou um celular moderno.
- Obrigada Max, eu adorei!
- Eu quero aproveitar a noite e fazer um pedido.
- Que pedido?-perguntou Nicole curiosa.
Max tirou do bolso uma caixinha pequena, entregou a Samanta e perguntou em seguida:
- Quer se casar comigo meu amor?-era o mais belo dos anéis.
- Casar? Nossa Max, você me pegou de surpresa.
- Responde.
- É claro que eu aceito!
Emburrada e não gostando nada da situação, Maria levantou-se e disse:
- Que absurdo mãe!
- Onde vai Maria?
- Ao banheiro!-respondeu retirando-se.
***
- Não ligue para ela Max. A Maria nunca se conformou com a morte do papai!-disse Nicole.
- Eu compreendo meu anjo!
- Que vergonha Max! Me desculpe?
- Claro que sim amor!
- Que bom. Quando a Maria chegar nós podemos ir embora?
- Mas nem jantamos ainda!-disse Max.
- Não estou com clima! Essa garota tira o apetite de todos!
***
Inconformada, Maria não parava de chorar. Seus olhos já estavam vermelhos de tantas lágrimas.
"Eu não vou aceitar esse casamento! Não vou mesmo!"
- Algum problema garota?-perguntava uma senhora que usava o toalete.
- Não!
***
Depois de alguns minutos, Maria não havia saído do toalete. Preocupada, Samanta foi a procura da filha e não a encontrou. Desesperada, ela chorava e não conseguia se acalmar.
- Calma meu amor, ela não deve esta longe!
- Vamos atras dela Max, por favor!
- Eu vou procura-la. Não saiam daqui!
Max retirou-se rapidamente e foi a procura da futura enteada.
***
- Quem ele pensa que é? Eu não sou obrigada a aceitar essa barbaridade!-falava Maria sozinha.
Já se passava das 23:00 e nada de arrependimento. Subindo uma esquina bem isolada, Maria foi abordada por três homens.
- Olha que graça de garota... Não é linda João?
- Qual é o seu nome gracinha?-perguntava o tal homem aproximando-se de Maria.
- Não chegue perto de mim!
- Que garota valente... É sempre assim boneca?
- Eu vou gritar!
- então grite!-falou o outro homem.
Maria dos Anjos correu e foi perseguida por eles. Desesperada, Maria caiu sobre uma poça de lama, mas foi pega pelos bandidos.
- Socorro, socorro, socorro!
- Cale a boca sua vaca!-ofendia o tal homem tirando a blusa.
Escutando os gritos da garota, Max correu e avistou aquela cena apavorante. Os dois homem tiravam a roupa da garota quanto o outro apontava uma arma para a cabeça de Maria.
- Largue ela!-pedia Max.
- Temos companhia galera!
- Me ajude Max, eu não quero morrer!
- Calma Maria dos Anjos, eu vou te ajudar!
Max não sabia o que fazer naquele momento. Pegou um pedaço de pau e agrediu um dos bandidos, mas em seguida foi atingido por uma bala. Os bandidos correram e Maria gritava por socorro:
- Me ajudem!
A culpa foi toda minha
Max acabara de chegar ao hospital respirando por aparelhos. A sua vida estava nas mãos de Deus. Samanta não acreditava que tudo aquilo estava acontecendo.
- Meu Deus! Nos ajude senhor, eu não posso perde-lo!
- Me desculpe mãe, a culpa é toda minha!
- É claro que a culpa é toda sua Maria! Onde já se viu fugir só porque a nossa mãe quer se casar? Eu não te entendo garota! Eu sou a mais nova, mas você é a mais infantil!-disse Nicole irritada com a atitude da irmã.
- O que aconteceu de fato Maria dos Anjos?-perguntou Samanta sem muitas informações.
- Três homens me abordaram na rua e tentaram me violentar, mas o Max chegou e tentou me salvar, mas um dos homens atirou nele.
- Céus! Você esta bem querida?
- Estou mãe!
- Ela está ótima mãe, quem não esta nada bem é o coitado do Max!
- Pare Nicole!-ordenava Samanta.
***
O estado de saúde de Max era delicado. O Dr. Hugo havia feito de tudo, mas Max havia entrado em estado de coma.
- Eu sinto muito senhora, fizemos de tudo por ele, mas o estado dele é grave.-dizia o médico.
Lágrimas de tristeza e dor caiam sobre a face daquela pobre mulher apaixonada.
Um milagre de Deus
Três meses se passaram. Samanta acabara de atender uma ligação recebendo uma ótima noticia:
- Meu Deus! Sério?
- Ele saiu do coma essa tarde!
- Posso vê-lo doutor?
- Claro que sim!
- Obrigada!-agradeceu ela desligando o telefone.
Um sorriso de felicidade não se via naquele rosto há três meses. Maria dos Anjos abraçou-a dizendo:
- Que boa noticia mãe!
- Eu vou ao hospital agora.
- Deixe-me ir mãe?
- Não sei se é uma ótimo momento querida!
- Por favor?-insistia a filha.
- Tudo bem Maria.
***
Chegando ao hospital, Samanta já foi logo entrando no quarto do amado.
- Oi amor.
- Samanta! É você mesmo?
- Que bom vê-lo meu amor! Como se sente?
- Feliz em vê-la.
- Eu sinto muito pelo o que aconteceu!
- Não se preocupe querida!
Samanta o segurou pelas mãos e disse:
- Por um momento eu pensei que iria te perder!
- Eu estou ótimo meu amor! Agora me dê um beijo.
Ela o beijou delicadamente e perguntou:
- Quando você tem alta?
- Daqui uns dias. Tenho que fazer alguns exames!-respondeu Max.
- Vou esperar ansiosa!
- Quando eu sair daqui, quero ir direto para a igreja me casar com você!
- Sério?-perguntou ela feliz.
- É o que mais quero amor!
- Desculpe a Maria, ela está tão arrependida e triste pelo o aconteceu.
- Eu não estou magoado com ela querida!
O celular de Samanta acabara de tocar:
- Com licença amor, vou atender lá fora!
- Tudo bem!
***
Aproveitando a ausência da mãe, Maria entrou no quarto e cumprimentou o futuro padrasto:
- Oi.
- Como vai Maria dos Anjos?
- Muito triste Max.
- Por que?
- Me sinto um lixo desde daquele dia. Por minha culpa você quase morreu!-lamentava ela.
- Eu estou melhor querida, não se culpe. Como você está?
- Bem melhor que você!-sorria ela.
- Cheia de humor, é assim que dever ser!-dizia ele.
- Me desculpe Max?
- Claro querida!
- Ah, pode se casar com a minha mãe! Ela é toda sua!
Max sorriu e disse:
- Fico feliz por ter aceitado!
- Obrigada por ter salvado a minha vida!-agradeceu ela beijando-o em seguida.
Samanta terminara a ligação e entrou novamente na sala. Avistou Max e Maria se dando bem e disse:
- Que bom que resolveram tudo isso!
- Nem tudo querida!
- Como não?
- Enquanto estou inválido em cima dessa cama, você poderia providenciar o nosso casamento. Resolva tudo e não se preocupe com o preço.
- Quero algo simples Max... Casar no civil e fazer um jantar para as pessoas mais próximas.
- Tudo bem, como você quiser.
A felicidade não tem preço
Semanas se passaram e tudo estava resolvido para o grande dia. Samanta estava deslumbrante e muito feliz. Poucas pessoas estavam presentes, apenas os padrinhos, os familiares de Max e alguns amigos mais próximos. O casamento foi realizado e o casal se beijaram apaixonadamente.