A avestruz e o João-de-barro
Certo dia a avestruz pregregrinava pela campanha em busca de uma boa touceira de capim para se aninhar, e botar seus ovos. Caminhou por dias, sem encontrar um canto do seu agrado, até que finalmente perto de uma várzea encontro um brejal, onde poderia se aninhar. E assim o fez, esmaganto o capinzal, e se familiarizando com a paisagem. Olhava a esmo quando viu uma pequena ave, de cor marrom, sacando nesgas de terra úmida, e pequenos gravetos. "Ei, psiu! Quem é você?" Perguntou.
- Meu nome é João-de-barro, muito prazer.
- Ah. O meu é avestruz. Estou curiosa para saber o que você faz, indo e voltando, buscando barro e gravetos?
- Ora, estou construindo minha casa. Olhe lá no poste - Disse o pequenino apontando para a rede elétrica - ela está quase pronta.
- Credo quanto trabalho para fazer um ninho. Retrucou a avestruz. Por isso eu, que simplesmente me aninho em qualquer canto.
- Sim, parece mais fácil, mas enquanto você fica a mercê da interpéries, e dos perigos, graças ao meu trabalho, feito de pouco em pouco posso ter uma lar com segurança, e com a gratificação ao ver os olhares deslumbrados dos que assitem o fruto desse trabalho.