O Médico e a Benzetacil

Mais ou menos duas décadas atrás, numa festa num clube do interior, do tipo reunião dançante, ou “boite” como dizem os mais modernos, estava uma turma de amigos, daqueles que ficam escorados no canto do bar, tomando cerveja e observando. Muito mais “urubuzando” as garotas do que querendo dançar, afinal dançar era coisa de mulherzinha ou de “afrescalhado”. Dentre eles o “Leco”, então estudante de medicina da Universidade Federal, piadista nato, apesar de ser um rapaz normalmente acanhado. Lá pelas tantas, no meio da festa o Leco fica hipnotizado por uma garota e sai, como um verdadeiro São Jorge, para encarar o dragão. Teve o pobre Leco, até que dançar com a moça para conquistá-la. Que vexame, ter que dançar discoteca, com todos os amigos vendo e pior, rindo às pampas. Mas a investida de Leco não foi em vão, ele conseguiu abraçar e trocar beijos, tipo aqueles de novela das oito, com a moça que, diga-se de passagem, tinha uma cara medonha, daquelas que terminam com festa de criança. Já no final do baile, quando a moça foi embora, Leco encara a turma que já começa a ensaiar as gozações que ele rapidamente interrompe dizendo: - Antes que vocês comecem de sacanagem, quero dizer que peguei a moça para fins acadêmicos... E o pessoal então pergunta: - como assim? E Leco explica: - Vocês não repararam no tamanho da bunda dela? É um prato cheio para eu treinar injeções de benzetacil!!!!

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