DEZESSEIS ANOS

Foi aos dezesseis anos, no arrebol dourado da juventude, o coração ainda a descobrir o sentido da vida e não sonhava em frutos, em ideais, sonhos ou em futuro, ou ate mesmo em amor.

Mas foi aos dezesseis anos, numa noite estrelada de abril... Própria e adequada para a estação dos romances e amores e paixões, que a vida, assim então, lhe proporcionou e o fez prestigiar o sentido do que muitos homens do passado já lhe incumbiram de prestigiar — o amor a uma mulher!

Dezesseis anos! O amor daquela idade deixou-se levar pela magia divina e graciosa do sentimento universal.

Deixou o carinho e o aconchego familiar para se esboçar num sonho das caricias doces daquela jovem bela morena — ela, com aromas que embalsamava no perfume peculiar das flores.

Mais de quatro anos depois, este jovem sonhador, degredado da pátria, da família, dos amigos e do seu amor. Desde seus dezesseis anos, o céu não foi mais o mesmo; as manhas e as noites deixaram de ser monótonos... Corrompido pela solidão — é triste! — de certo, muitas vezes, tentou se compungir do amor, só que já o havia envolvido por inteiro.

Ele amou e provavelmente morrerá sem ser amado!

Essa é a historia — assim poderia dizer — que ele me certificou e coube a mim, publicar à sua jovem amada: “E historia assim, poderá ver há olhos enxutos a mulher, a criatura mais bem formada das divinas mãos de Deus. A você jovem morena que desde meus dezesseis anos, tu és a carinhosa amiga de todos os infelizes; não choraria se lhe dissessem q eu o pobre moço perdera honra, liberdade, oportunidades e vida — tudo por amor à primeira mulher que despertou do seu dormir de inocentes desejos e paixões – o amor”.

***by: Jonatas Alberto

***Pseudonimo: John Peter Parker / John Lion