Em pleno século 21!

Trabalhar - este seu vício, desde (é claro!) que fosse no que lhe agradasse. Mas também tinha que 'dar duro' em tarefas que não faziam sua 'praia'. E assim vivia das misturas de bom-nem-assim-tão bom.

Foi numa quase madrugada, enquanto fazia um serão, que tudo começou.

De que jeito "classificar-catalogar" o ocorrido, até hoje não achou a palavra certa. Certo mesmo é que aconteceu. E foi rápido e cresceu e não se desfez.

Hoje, passado um tempo considerável, tinha certeza: na vida sempre aparece uma nova chance (lembrou-se do grande Raul Seixas, a quem tanto admirava -"se parar, o coração não aguenta"). Muitas vezes duvidou dessa nova chance, mas agora tinha tido a prova de que ela pode surgir, sim!

O primeiro encontro, depois de um envolvente 'intercâmbio sentimental à distância' (assim escolhera chamar o 'caso'), foi legal mesmo. Lindo à beça! Não houve a tão temida decepção que talvez pudesse 'pintar'; até ao contrário: as ansiosas expectativas foram superadas! Que belo encontro! E aquela professora - vinda lá de tão longe e posta ali no local ao acaso das coisas - que a tudo assistira comovida até as lágrimas ao saber de tão comovente história - ficou como testemunha de que o amor existe.

Bem... mas que amor afinal?

...o amor que viveu dias de aproximação, de festa, de carinhos e afetos; de presentes, de indagações-revelações-inquietações; de sentar à beira-mar. De saborear gostosas refeições; de dançar do tango-bolero ao forró-samba no pé. De passear de mãos dadas como se pela primeira vez... Desfrutar a rede com o pôr do sol cintilando em águas mansas... Aquele era o amor vestido a rigor, em traje de gala para dar o tom real a esse frenesi que arrebata a alma! Amor em forma concreta, celebrado com juras de verdadeiro amor... em pleno século 21.

lilu
Enviado por lilu em 14/03/2010
Reeditado em 24/02/2012
Código do texto: T2137776