Relatos... infimos relatos!

“[...] felizmente a linguagem é uma coisa. É a coisa escrita [...]”.

Maurice Blanchot em A parte do fogo.

Simplesmente preciso estar perto, perto de alguma coisa, mas algumas coisas fogem ao meu controle. As vezes preciso estar longe do mundo, mas o mundo não é capaz de entender que na maioria dessas vezes a unica coisa que preciso é me perder na escuridão, não falar com niguem, não que isso seja bom pra mim, tabém sequer interessa...

aff..

Descer as trevas para mim é o que me faz viver de novo...

Outras vezes mais, penso como eu posso "cuidar" de alguém se não sou por vezes capaz de aceitar minha existencia...

Em lances de escrita, habito um mundo de todo possível. Atravesso fronteiras, volto para do do mar da ilusão.

Hoje estou melancolico e meio piegas...

É triste saber que no fim Milady de Winter jaz morta, corpo inerte.. a beleza da morte.. a dama incomensuravel. E pior ainda é pensar que D'Artagnan em seu cavalo estropiado continua rumo páginas a frente, capaz de atravessar num só lapso esquizofrenico todo mundo das Maravilhas.

Nada é pior do que saber que no fim das contas, toda nossa realidade, todo nosso pensamento, tudo não menos que isso sse resume a um lance de dados... ao dedo do acaso ou mão do destino...

Bons tempos eram o Delphos, bons tempo... se houver um bom futuro, esqueça-o... a verdadeira vida se constrói em cima de grandes tragédias!

Ev
Enviado por Ev em 18/08/2006
Código do texto: T219406