Lição nº 1 aos aprendizes de coronéis

Esta semana soube que um político de Heliópolis, destes tradicionais, voltou à cena viva do palco eleitoral. Como ainda é cedo para detalhar seus desastres, vou aqui usar a metáfora de um texto figurativo:

Um barco navegava em águas calmas de um paraíso encantador. Seu comandante era centralizador e não ouvia os lamentos dos comandados ou sugestões dos seus seguidores fiéis. Achava o comandante que o mar jamais seria revolto e navegava por todos os oceanos sem tomar as providências necessárias, ou cuidados, para evitar reviravoltas. Seguia então conquistando reinos, ilhas, terras distantes.

Um dia veio uma tempestade muito forte e o comandante foi jogado ao mar. Desapareceu. Seus seguidores vagaram por quatro longos anos em busca do seu líder maior. Finalmente o encontraram em petição de miséria. Praticamente o ressuscitaram. Deram-lhe o comando mais uma vez. Novamente, o comandante não ouvia seu povo. Continuou na mesma rotina teimosa. Achava-se acima de todos. Dizia abertamente que todos necessitavam dele. Ele era o centro de tudo.

E outra tempestade, como uma praga, caiu sobre o grande barco. Desta vez, o comandante, após ver o mastro quebrado do seu barco desgovernado, abandonou a embarcação e, sozinho, refugiou-se numa ilha bela e confortável, sem permitir que ninguém se aproximasse.

Enquanto isso, seus seguidores lutavam contra ondas gigantes, ventos fortes, maremotos, tsunames. Após o temporal, sem o seu líder, começaram a juntar os pedaços. Reconstruíram o barco e foram navegar no oceano em direção ao tão sonhado paraíso. Descobriram a trilha e seguiam resolutos ao destino.

Quando o comandante soube que o barco estava no caminho certo e que todos voltariam à paz no paraíso, apresentou-se para reassumir o posto. Só que o espaço estava ocupado por uma mulher que, sem maiores preocupações, ajudara a todos os náufragos. Ninguém aceitou tirá-la do comando.

- Mas eu sou o comandante de vocês. Sou o único que pode guiá-los em harmonia!

- É ela a líder! Os verdadeiros comandantes nunca abandonam seus navios. É fácil administrar na bonança e na fartura. Agora o senhor terá que começar como marinheiro! (veja mais em www.landisvalthfederal4355pv.blogspot.com)