DIÁRIO DE UM PRISIONEIRO DE SI MESMO

Descendo degrau por degrau derrepente me deparei com uma escuridão tão lugubre quanto a ignorância,então eu me via cercado por sombras por todos os lados, e por mais que esforçasse minhas vistas,não conseguia identificalas, e tudo que enxergava me parecia assustador.nesse momento minha mente mergulhava num lago profundo e escuro e meu corpo paralisava.foi quando percebi que a porta parecia tão distante e a escada de acesso um enorme obstáculo,percebi que sair não seria tão fácil quanto foi entrar.

Fiquei ali por tanto tempo que já nem sabia mais que dia era ,que ano era ,a porta estava lá ,mas parecia tão distante e tão improvável que eu achava melhor nem tentar.

Certo dia vi um fagulho de luz por uma rachadura e resolvi tentar , à cada degrau deixado para trás eu ouvia vozes vinda de não sei onde , que me diziam que tudo era inútil e que o melhor era ficar onde estava ,aliás para que desperdiçar uma vida em aventuras que não nos levam a lugar alugum e só nos frustam?

Em certo momento quase que hipnotizado por aquela voz que só parecia querer o meu bem,eu vacilei,mas aquele raio de luz me parecia tão facinante ,e eu que já tinha me esquecido como era lindo um dia de sol segui em frente.ao subir o ultimo degrau percebi que surpreendentemente a porta só estava cerrada à esperar minha iniciativa.

Puxo a maçaneta e uma intensa luz feri os meus olhos.quando consigo enxergar algo noto uma realidade tão dura que não resisto e choro,sinto vontade de voltar e me esconder na escuridão ,mas logo noto que a dura realidade paradoxalmente é um barro mole e moldalo só depende de nós.

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Ernane Everton
Enviado por Ernane Everton em 25/07/2010
Reeditado em 07/09/2011
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