Um sonho de poeta

Enquanto ela preparava-se para dormir, ele pensava no camarim; Um rosto branco no espelho iluminado.

A moça olhava o relógio, “estava na hora”, restava apenas 10 minutos para ele entrar e os embrulhos do estômago, a vontade de morrer, tudo estava lá.

Ela adormeceu enquanto ele saltitava entre pés descalços, roupas em farrapos e sorrisos de um artista feliz.

O espetáculo acabou e ela acordou com aquele sorriso travesso. Estava tudo bem mais uma vez, a peça havia preenchido o teatro e os olhos do poeta brilhavam sem fim.

30/11/2010

Ana Nery Machado