O caminho da morte

Um dia na vida de uma criatura da noite é preciso que ela conheça a luz do dia, foi o que me aconteceu. Assim que as trevas chegaram em vez de vagar pela eternidade, voltei para meu antro secreto dentro de mim e adormeci como fazem as brumas em um vale.

E pela primeira vez na eternidade o sol beijou-me com seus labios quentes, mudou-me a cor das faces e me abriu portas para um mundo 'real'.

Enquanto caminhava por este mundo de estéticas vagas, não como na noite, onde todos os gatos são pardos, mas que ainda assim pela ingualdade de aparência o que lhes sobressai é a alma , o seu duplo.

Enquando via a beleza, vi também a destruiça~.. quantos olhos vagos, quantos corações amargos, quantos lábio contraios, quantos autômatos perdidos...

Uma peculiaridade me chamou atenção: o caminho da morte...

rs... o dia se assemelhava a borboleta morta que eu tinha a meus pés... Melitaea aetherie...

Borboletas de primavera, que quando surgem querem dizer que mais uma estrela deve ser marcada na minha pele perante a eternidade negra do universo...

Nem todo diamante é belo por seu brilho, por sua aparência ou por sua raridade, mas por sua força e resistência...

e isto me lembrou a doce borboleta...

O seu casulo, meu segredo, seu segredo minha dúvida, su liberdade, minhas trevas, sua morte, meu caminho.

Não sei.. apenas me cansei...

Não desejo mais a luz... quer de volta a noite com suas almas e sem máscaras, porque a noite os mistéros se libertam, enigmas não precisam ser respondidos..

tudo se resume ao lance de dados....

uma caneta, e um retrato...

e as velhas cartas que trago no bolso.

Deixo aqui apenas uma gota de sangue, afinal quando cruzares meu caminho, poderei eu estar morto!

Ev
Enviado por Ev em 27/10/2006
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