CIDADES DAS ÁGUAS

Cidade das águas

Saí de casa com destino a cidade das águas, levando na bagagem sorrisos, alegria e um pouco de paciência como também compreensão.

Levo uma jóia de família a nossa Luma de Oliveira, sem me esquecer de relatar que carrego um baú derramando brilhos de jóias preciosas, a minha eterna e amada esposa Eu.

Sempre na presença de um guru, “Landinho” que exprime paz, elogios e alegria nas suas colocações principalmente quando se lembrando do irmão que ficou em casa.

A estrada estava perfeita, um verdadeiro tapete.

Surpresos, ficamos com a mudança repentina da vegetação, que nos segue há certo tempo.

O contraste de águas abundantes com palmas, cactos em meio ao cerrado.

Chegando a um verdadeiro Oásis o rio São Francisco.

Eita lugar fascinante e bonito!

Paisagem de arregalar os olhos, juntamente com o sorriso.

Aí o coração dispara com o brilho dos olhos a ver a cor das primeiras águas do velho Chico.

Ainda não citei as gostosuras das frutas que para mel não faltam nada, refiro-me do milho verde, quentinho assadinho na hora e as deliciosas pinhas. Como também os apetitosos cajus e seriguelas.

De volta à estrada, dando continuidade a nossa viajem.

Já no lado do estado de Alagoas, depois de cruzar o Velho Chico, na terra de Delmiro Gouveia, que segundo a história foi o idealizador e pioneiro no uso da energia elétrica do Brasil.

Em 26 de janeiro de 1913 inaugurou à primeira hidroelétrica do Brasil. A usina de Angiquinho.

Mas o objetivo era chegar ao paraíso das águas, para conhecer a belíssima e maravilhosa cidade de Paulo Afonso.

O encantamento começa logo na ponte de ferro que tem uma maravilhosa vista, de prender toda atenção de quem passa.

Parada obrigatória para registrar com fotos e se deslumbrar da paisagem. Tamanha magnitude surpreendia a todos.

Entre uma beleza e outra e pra onde olhar se ver cercado de água.

Um momento espetacular da visita foi a exploração da usina.

Sempre bem acompanhado do Tio Heleno que só falta alguns dias para se aposentar, mas precisamente no dia 28 de fevereiro de 2011.

Tio Heleno Dedicou tempo exclusivo para nos explicar cada parte daquela grandiosa obra de arte a usina.

Com todo cuidado e atenção nos levou ao coração da usina, tivemos a oportunidade de sentir e ouvir como se fosse um verdadeiro coração humano que rodava impulsionava através da força das águas que passava em suas turbinas, ao mesmo tempo em que o nossos corações disparavam.

Passamos pelo lendário conflito da cobra sucuri e o touro. Um monumento feito de cobre, em proporções de tamanho naturais aos animais em questão.

o touro por sua vez representava o homem querendo dominar tudo, pra não dizer destruir e a sucuri representando as águas poderosas e embativa com toda força da natureza, ou seja, uma eterna luta do homem com a natureza.

Foi uma verdadeira aula de conhecimento especifico principalmente para Luma, com apenas dez anos fez essa viagem.

Minha filha quando chegou de viagem, foi a escola no dia seguinte e relatou toda viagem. Fez uma explanação para seus colegas de sala e ao término foi aplaudida por todos.

Cidade das águas um paraíso perigoso de causar arrepios, ficamos inquietantes com toda beleza vista até o fundo do canyo. Pena que nesse dia estava vazio, ou seja, sem que as comportas das usinas estivessem abertas.

Imagine o cenário de beleza, os populares conta que chega a formar um véu de noiva a queda d’água, mas a curiosidade de quem visita seria igual à de ver o fundo sem água, comparo a mesma beleza com e sem água.

Água que diga se de passagem, abençoada, que serviu até de remédio, para se não curar, amenizar a alergia de pele de Luma.

Banho não faltava, quanto mais era pouco para aproveitar o paraíso de quilômetros e quilômetros de águas.

O único inimigo eram as horas que voavam, pois havia muito o que aproveitar mas o tempo era pouco.

Em se falando em maravilha, fomos muito bem recebidos pela ilustríssima família de tios, tias, primos em fim muitos parentes que conhecemos nesta oportunidade.

Fomos tratados como Rei, Rainha, Príncipe e Princesa.

Momento contagiante foi o encontro com um tio que há mais de vinte anos não víamos.

Ele estava a nossa espera. Um garrafão de vinho para nos servir demonstrava toda sua alegria, entre versos e prosas risos abraços e beijos.

Matávamos ali a saudade embutida nesse tempo que não volta já mais.

Finalmente o aconchego, o palácio. Com direito aos aposentos do Rei e as deliciosas guloseimas, servida a mando da Rainha por toda serviçal.

Tios e tias generosos no acolhimento.

Em nenhum momento faltou à geladinha, merecida e refrescante, pois o calor acuava a quem não estava acostumado.

Chegado o momento da partida, a saudade já era visível, mas os planos eram debatidos ali mesmo para repetir toda façanha.

De retorno passamos na cidade histórica de Piranhas, com sua arquitetura tombada, sua hospitalidade e culinária tradicional.

Aproveita ai Luma! tome mais banho, pois o velho Chico ficará para traz.

Já em casa abraçamos todos os quem ficou.

Foi de bolar no chão. Eu, Eugênia, Landinho, Luminha com o nosso Matheus.

O valor e a união de uma família é o mais precioso tesouro que devemos apreciar guardar e compartilhar.

Escrito em 17 de fevereiro de 2011 às 19h37minh, por Orlando Oliveira.

ORLANDO S OLIVEIRA
Enviado por ORLANDO S OLIVEIRA em 18/02/2011
Reeditado em 20/04/2011
Código do texto: T2800195
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