DINHEIRO MALDITO
Na solidão do meu quarto olho em volta...
E nada parece ter sentido
Agora é só eu, uma folha de papel e uma caneta
Envolvida com os meus pensamentos
Ouço o barulho que vem de fora
Carro buzina e pessoas
Estou atenta a tudo embora ninguém
Tenha conhecimento de minha existência
Tento lembrar-se de quando foi que me perdi
Numa busca inútil de me encontrar
Há alguns dias que estou trancada com o meu “EU”
O momento me é descrente
Descobrir um mundo infame
Onde as pessoas valem... o que tem no bolso
Que por dinheiro qualquer um muda de opinião
E você pode ser traído sim feito Jesus
Até mesmo pelo o próprio irmão
Que as pessoas se vendem por pouco... e por nada
Que filhos crescem,amadurecem,segue seu rumo
E confundem o amor que lhes são dedicados
Ainda como dever e obrigação
Descobri que aquela que lhe gerou
E que você dispensou respeito à vida inteira
Também é capaz de lhe destruir a vida
Em favor de dinheiro
Dinheiro... dinheiro...dinheiro
Eu sempre tive a convicção
Que bastava o necessário para ser feliz
Que sem dinheiro ninguém vive
Mas que este não era o fundamental
Puro engano o meu
descobri o quanto as pessoas são gananciosas
Fazendo do dinheiro na vida...
O tudo e o seu alvo principal
Com dinheiro tem quem te paparique
E outros que brigam, esquecendo até
Os laços sanguíneos isto é tão deprimente
Que chego a pensar: Dinheiro é coisa maldita
Chocou-me saber que
Ao receber uma pequena quantia
Houve trapaça para tomarem pose de minha parte
E que essa atitude... partiu dos meus
Que o irmão que me sorria
Todo o dia ligava
Dizendo que me amava
Era a cabeça da negociata
Minha irmã que vivia falando em Deus
E provérbio usava
Para o inferno me mandava
Abraçou o dinheiro... como causa
Minha mãe... essa eu não contava
Um ser único e por mim amado
E todo o meu carinho a ti desdobrava
Aquela que dizia ser eu a filha mais adorada
De eu não desgrudava
Mas...que passou por cima de tudo
Em prol do que nem se quer tinha direito
Mas que lhe foi oferecido proveitos
Fiz um agrado às minhas filhas
De acordo com suas necessidades
A mais velha era só felicidade
Disse: Mãe não precisava
A mais nova tentou por meios persuadir-me
Para que o dinheiro não fosse guardado
Com primeiras e segundas intenções
Logo veio a facada
Como não cedi a sua vaidade
Priorizando o seu gasto
Fui por ela ofendida
O dinheiro falou mais alto
Dei uma parte irrisória
A um amigo amado
Que sempre esteve do meu lado
Nos momentos em que mais precisava
Sua alegria era tanta
Sei que fiz a coisa acertada
Para eu nada comprei...
E nem tive coragem
Cheguei à conclusão de que este dinheiro
Era maldito e não valia de nada
Que as pessoas que eu amava por ele brigavam
E por ele talvez... até se matassem
Sentir-me tão pesada...
Isolei-me na esperança que este logo acabasse
Que os meus voltassem ser
Aqueles que no qual. eu acreditava
Espero que o amor prevaleça
E que seja ele...O coração
E o dinheiro apenas razão...
Das nossas necessidades