FANTASIAS ERÓTICAS DE UMA RAMEIRA - 1ª FASE

Prólogo

Observação: Este conto terá apenas três fases publicadas na mesma data.

Não. Hoje não desejo e tampouco quero escrever sobre as dificuldades de uma mulher que se prostitui por dinheiro. Aliás, a classe das meretrizes merece toda a sorte de proteção divina e das leis dos homens, pois pelo que sei trata-se de uma categoria social sofrida, discriminada e vilipendiada ao extremo.

O foco deste texto é mais sobre a deslealdade lastrada em uma fantasia inconsequente de quem não consegue preservar sua imagem e de seu convivente por meio da necessária discrição, do bom senso, do equilíbrio.

Trata-se de um conto baseado em fatos reais. Todavia, por conveniência profissional, social, ética e respeito às privacidades dos envolvidos nesta trama sórdida, isto é, que se caracteriza pela indecência, pela imoralidade, bons usos e costumes, os nomes dos personagens foram trocados. Procurei, no entanto, manter a originalidade dos fatos preservando as palavras dos personagens tais quais foram ditas, com erros e acertos gramaticais.

INTROITO ANTES DA HISTÓRIA LASTIMOSA DO SENHOR CRISTIANO

Para urdir este texto não precisei rever algo sobre a teoria de Cesare Lombroso (1835-1909) que foi um homem polifacético; médico, psiquiatra, antropólogo e político, sua extensa obra abarca temas médicos (“Medicina Legal”), psiquiátricos (“Os avanços da Psiquiatria”), psicológicos (“O gênio e a loucura”), demográficos (“Geografia Médica”), criminológicos (“L’Uomo delincuente).

Para Lombroso a etiologia do crime é eminentemente individual e deve ser buscada no estudo do delinquente. É dentro da própria natureza humana que se pode descobrir a causa dos delitos. O criminoso nato seria caracterizado por uma cabeça sui-generis, com pronunciada assimetria craniana, fronte baixa, orelhas em forma de asa, zigomas, lóbulos occipitais e arcadas superciliares salientes, maxilares proeminentes (prognatismo), face longa e larga, apesar do crânio pequeno, cabelos abundantes, mas barba escassa, rosto pálido.

Aqui temos a história de um homem de bem. Responsável, por conveniência social e respeito à família (filhos e netos) Ele se mantinha casado com a "digníssima senhora rameira", que atendia pelo nome de Maria Amorosa dos Santos, mas há muito tempo dormiam em quartos separados, embora sob um mesmo teto.

Os criminosos, absorvidos pelas paixões inferiores, nenhuma relutância sentem perante a ideia dominante do ilícito. Não estou aqui a escrever uma parvoíce afirmando que adultério seja crime. Não é! Tanto que já escrevi e publiquei no Recanto das Letras o texto "ADULTÉRIO NÃO É CRIME". Neste texto Eu asseverei:

"Afirmo: O amor nada tem a ver com isso. O prazer orgânico deve ficar alheio à organização da família e NUNCA DEVERÁ ficar adstrito às regras sociais quase sempre canhestras, imperfeitas e castradoras das mais gratificantes iniciativas.". Noutro texto escrevi:

"Os dicionários definem essa palavra como sendo uma ação desleal ou traição. Ora, desde quando você estará cometendo uma deslealdade ou traição quando busca apenas complementar um anseio fazendo uso do sagrado direito de ser feliz?”. (Texto – "Suas dúvidas entre dois amores" - Publicado no Recanto das Letras).

OBSERVAÇÃO:

Este conto continuará na 2ª FASE. http://www.recantodasletras.com.br/contoseroticos/3431263