As razonais

Vivia Blitz a cuidar do armário umbral mediante atônitas cria umbigal.

Um estágio avançado de seres hermafróditos sódicos, atados ao ente doente querido e amado apodrecido/essencial. Vivia do tal. Escarnecer do cheiro dejeto gosma letal. Com ele toda reprodução e gozo fetal. Saía à busca do leite matinal, mais uma vida concebida pelo deleite conjugal. Mais uma busca nupcial.

(Quer explicar?)

Não tenho como clarificar...

É a rotina de mais uma fecundação da espécie tida, a um milenar, como humana.

Mostrarei o que me é permitido e tido como correto propagar.

A milhões de anos, a sociedade humana pendia de recursos e a vida advenha de uma concepção doentia para nossos padrões atuais de moralidade e bons costumes. Chegando a ser assustador a alguns curiosos desavisados e a outros, motivo de estranheza e aversão. Continha heresias e fornicação meandros de terror e eliminação, abraçando o execrável.

Nossa figura patética Blitz vez ou outra estava a espreitar por dentre os vincos o que podia se insinuar. Ela, figura longínqua, olhos esbugalhados fundados no crânio longitudinal, de nariz arrebitado e pescoço de ofídio. Estava lá, novamente a criatura a espiar. O que buscar? O que pretendia encontrar?! Seus hábitos a todos deixavam sem se preocupar. Ou era inocência moçoila ou podiam a seu rastro encontrar, ou era uma pista friamente deixada para sua presa apanhar?! O que estaria ela a procurar?

Adi vem, não sabem de sua origem. Muito pouco falava. Só o extremamente necessário de sua boca se ouvia e via, pois, mais parecia uma lia de serrilha. Era tanto antiga como velha que ninguém sabia qual contrato teria. A limpeza ela fazia. Quase ninguém a percebia. Era assim todo dia. Portanto, que mau ela traria?

É certo que alguns fatos aconteciam. Mas naquela correria quem prestaria atenção no que se sentia? Um frio na espinha se ignoraria. Portanto nada ocorreria. Coisa nenhuma. A menos...

-Você quer adentrar? Perguntou com voz de violino.

Pegar-se olhando no armário não estava em seus planos. Mas vinha observando aquela criatura sempre a espiar. Fissuras. Naquela noite não pudera se segurar.

Mário foi pego a espreitar.

Olhou para traz e viu-a. Toda despida, toda nua, toda sua. Ficou estarrecido. Totalmente paralisado. Não queria acreditar.

Uma Deusa estava a lhe ofertar, todo seu muco, que paladar! Não saberia ignorar. Foi sua deixa. Estava agora a se contaminar. Não mais poderia voltar. Nunca mais estaria ali para trabalhar... era a passagem para jazigo, um novo mundo in aeternum morar. Um ingresso sem retrocesso, um eterno Aderno em vida para se deliciar.

Quem mais aspira adentrar?

lionizia goyá
Enviado por lionizia goyá em 02/02/2012
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