MARGARIDAS INCINERADAS!!!!!!

LIVRO: NO ESCURO, EU SONHAVA...

Capítulo 6:

Margaridas incineradas...

- Não ligue para essas margaridas idiotas, minha filha, flores não servem para nada, não tem nenhuma utilidade para nós... – disse Horácio para Penélope, enquanto ela estava aguando o canteiro de margaridas que ela e sua irmã trabalhavam sempre juntas, para manterem em ordem.

- Mas papai, elas são tão lindas, Rebeca disse que as flores trazem alegria para nossa alma, nos trás paz de espírito e conforto. – respondeu suavemente Penélope.

- Ora bolas, para com essa baboseira que sua irmã meteu em sua cabeça, isso não existe, flores não são gente!

- Não foi Rebeca que colocou isso na minha cabeça, eu sempre gostei de margaridas, o senhor é muito insensível...

- O que você disse que eu sou?

- Insensível, não sei o que significa, mas a mamãe sempre chama o senhor disso.

- O quê???

- É...

- Quer dizer que sou insensível só porque não gosto dessas flores idiotas, ela vai ver só uma coisa, não perde por esperar...

- Papai? Onde o senhor vai?

- Cale a boca!!!

Ruth pegou alguns de seus vestidos mais novos e os empacotou juntamente com uma grande soma de dinheiro que havia juntado, desde que teve a ideia de um dia fugir daquele inferno.

A parte mais difícil da história seria convencer Penélope a fugir com ela para fora da cidade, ela ainda mantinha um profundo carinho por seu pai, mesmo ele sendo esse monstro.

Jorge ainda estava em dúvida se tinha tomado a atitude certa de fugir com a mulher do seu patrão, tudo parecia muito arriscado, era fugir ou morrer. O plano deles tinha que dar certo.

Caso não desse certo, algum empecilho pudesse atrapalhá-los, Jorge pegou sua pistola e a guardou dentro da sacola junto com suas poucas peças de roupa que tinha, Jorge já havia matado alguém sem querer, não poderia deixar alguém morrer inocentemente.

Horácio voltou para o jardim com muita pressa, estava mordido de raiva, como sempre iria aprontar mais uma de suas loucuras.

Penélope que vinha logo atrás correndo, não conseguia acreditar que seu pai estava com um maçarico, não era possível que ele ia fazer o que ela estava pensando que ele iria fazer. Era insanidade pura!!!

- Vamos ver agora, quem vai regar essas florezinhas ridículas!!! – vociferou Horácio, queimando as margaridas com o maçarico, se deleitando toda vez que um montinho de margaridas se queimava, sobrando apenas cinzas.

- Paiiii... Por favorrrr... Páraaaa... – gritou Penélope, mas de nada adiantava, seu pai estava irredutível.

Do segundo andar da fazenda, Rebeca estava debruçada na janela de seu quarto quando viu atordoada a cena que seu pai fazia no jardim.

Ela não conseguia acreditar naquilo, não podia ser verdade.

A única coisa que Rebeca gostava naquela fazenda estava sendo incinerada por seu pai, suas margaridas estavam queimando, todas ao mesmo tempo, conforme a fumaça ia subindo até sua janela, lágrimas caiam em direção a grande fogueira de margaridas.

Pena que as lágrimas de Rebeca eram insuficientes para acabar com a queimada que seu pai estava efetuando contra suas flores prediletas.

Na mesa do jantar, ninguém ousou falar nada com Horácio, estavam todos perplexos com seu último devaneio.

O único movimento que ocorria naquela mesa, eram os olhares furtivos de Ruth e Jorge, de um para o outro. Apenas Rebeca sabia o motivo dessas trocas de olhares.

Mais tarde, quando Ruth estava arrumando a cozinha para ir se deitar, Jorge chegou de mansinho atrás dela e sussurrou:

- Te amo, minha linda... – disse ele carinhosamente.

- Eu sei, mas pare com isso, Horácio pode chegar aqui a qualquer momento, eu não sei o que ele seria capaz de fazer como você. – disse Ruth tremendo com a possibilidade.

- Tá bom!!! – disse Jorge roubando um beijo de sua amada.

Nesse momento, Horácio apareceu na porta da cozinha chocado com o beijo de sua mulher com seu empregado.

- Ohhh!!! Eu não estou acreditando nisso!!! – esbravejou Horácio, com uma arma antiga na mão, apontando para cima.

- Acalma-se Horácio, não é nada dissoque você está pensando! – tentou se defender Ruth.

- O que está acontecendo, por que o papai está gritando tanto? – perguntaram em uníssono Rebeca e Penélope.

- Corram para o quarto meninas!!! – disse Ruth com um aperto no coração.

Nesse ínterim, Jorge estava sem reação, estava mortificado com a situação, será que Horácio pretendia mata-lo. Penélope foi correndo com lágrimas nos olhos se esconder debaixo de sua cama, está morrendo de medo do que o seu poderia fazer dessa vez com sua mãe. Rebeca não conseguiu se esconder no quarto, resolveu ficar escondida atrás da porta, espiando a cena pelo buraco da fechadura.

- Você não podia ter me traído desse jeito, sua vadia, meretriz!!! – vociferou Horácio arranhando o rosto de sua mulher com a arma.

- Deixe ela em paz!!! – bradou Jorge

- O que você disse, seu miserável, você merece é a morte, seu cão do inferno!!!

- Não Horácio, não mate ele, vai ser pior para você! – gritou Ruth.

- Fique tranquila, querida, te garanto que não vou ser preso, pois não vou matá-lo, vou fazer coisas muito piores!!!

OBS.: Este texto é somente um rascunho, contém muitos erros, ainda não revisei, se possível deixem comentários !!!

Gabriel de Paiva Fonseca
Enviado por Gabriel de Paiva Fonseca em 19/02/2012
Código do texto: T3508112
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