Um sonho.

Eu sonhei algo essa noite, me deixou muito perplexo por eu não ter o habito de sonhar a mais de 10 anos. No começo desse sonho eu estava sentado em uma pequena montanha aleatória onde, a visão alcançava bem longe e era tudo verde, não tinha cidades nem pessoas, estava eu ali parado em um lugar distante, quase como uma meditação. Logo depois eu me levantei e comecei a andar como se eu estivesse voltando, por uma trilha, deixando toda aquela beleza para trás. A trilha era curta e logo cheguei a uma casa, na porta estava escrito “Bem vindo ao lar de Ninguém”, pois entrei lá com uma grande alegria no rosto. Dei de cara com um guarda roupa, um enorme guarda roupas bem em minha frente, abri-o e vesti um terno, como se estivesse indo trabalhar só que não levei nada, sai por outra porta, atrás desse guarda roupa, na parede ali perto, onde estava escrito “Boa sorte Senhor Ninguém”, logo encontrei familiares com mascaras, boa musica, boa comida, e ao fundo alguém me esperando em um altar, ela já de vestido de noiva com o véu cobrindo por completo seu rosto. Eu percebi que procurava um espelho e não achava em nenhum canto nada que refletia, não conseguia me ver e as pessoas, todas vestiam mascaras e a noiva sem face, me deixou intrigado. Flores pelos caminhos, todos se assentaram e ficamos parados, supostamente esperando algum responsável reger o casamento, mas ninguém chegava. Sem eu perceber, todos se levantaram e começaram a tirar fotos, a noiva se virou e correu para longe, eu fui atrás dela, topei com um jardim lindo, flores que nunca tinha visto, animais que não imaginei em ver, alguns até imaginativos demais eu diria, procurei ela por todos os cantos e não encontrei ninguém mas voltei para onde estávamos, e também sumiram todos os supostos convidados desse suposto casamento. Estava eu sozinho novamente e em um ataque de raiva tirei meu paletó e a gravata, abri a camisa, aquilo tudo me sufocava, eu podia sentir. Perto do altar improvisado que ali foi esquecido abria uma trilha para uma mata densa, eu segui essa trilha até chegar a uma montanha e então a grande surpresa, a mesma pedra e a mesma arvore, a mesma paisagem infinitamente verde, e atrás de mim aquela trilha, a mesma do começo, tudo igual.

Então deitei a minha cabeça no travesseiro, percebi que eram apenas duas horas da madrugada, fui deitar à meia noite e alguns quebrados.

Tentei dormir, mas só tentei. Talvez assim como eu havia, todos esses anos, tentado viver, dessa vez, eu só queria dormir.

Adilson Fabbri
Enviado por Adilson Fabbri em 06/05/2012
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