PODE IR
O frio vento, sem pestanejar, invade meu quarto pela janela aberta e não bate, espanca a porta logo após sua saida. Pode ir, eu fico aqui. Parado, imóvel. A unica coisa que se move é a lágrima atraida pela gravidade. Atração, será que você já sentiu isso? Eu acho que sim, todavia não comigo.
Eu vi você chegar, se apoderar e depois do estrago, vi você partir.
Pode ir, sem ressentimentos, pode ir, vai lá, viver seu mundinho sem responsabilidades. Vai, mas não volta. A porta que o vento fechou, meu orgulho não abre.