O SUICÍDIO - “A viagem de John”

TSALMAVETH: No hebraico: “A sombra da morte” - Salmo 23:4

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Logo depois de disparar uma arma contra a sua própria cabeça, John caiu no chão, com os olhos abertos. E com o rosto completamente ensangüentado, ele dava os seus últimos suspiros. John cometera o suicídio, por causa de sua depressão aguda. Ele não se sentia feliz, e, cansado de pedir ajuda aos outros, ele decidiu “descansar”. Mas, o que ele não sabia, nem mesmo havia passado pela sua cabeça é que, depois de ter apertado o gatilho, ele ainda permaneceu vivo. Vendo o seu corpo caindo no chão, lentamente, banhado em sangue e suor.

Respirando ofegante, ele começa a assistir a um filme de sua própria vida, e muitas imagens aparecem em sua mente. Um longo filme, com muitas passagens de sua vida, muitas recordações de momentos que ele viveu, e inúmeras situações que ele mesmo presenciou. John estranhou o seu próprio corpo no chão, sem se mexer, completamente sem vida. Ele ficou muito assustado, ao ver os seus olhos se fechando devagar, como alguém que está sonolento. Porém, ele não dormiu, a sua mente não se apagou em momento algum. Ele se lembrava de tudo, e isso o deixava confuso e com muito medo.

De repente, John olhava a multidão que se aproximava, para ver aquele cadáver estendido no chão. Nesse momento, ele acena com as mãos, faz gestos e sinais, mas ninguém percebe a sua presença ali. Enquanto as atenções estão voltadas para aquele homem “morto”, John começa a gritar desesperadamente, tentando avisar àquelas pessoas que ainda continua vivo, ali perto delas. Mas, sem sucesso, ele continua sendo ignorado, pois está agora em um corpo “fantasmagórico”, ele está invisível, não pode ser visto por ninguém. John leva a mão á cabeça e percebe um imenso buraco, e uma forte dor lhe incomoda.

Neste instante ele sente em seu corpo, arrepios e calafrios, mas não consegue entender por que ainda continua vivo. Vendo o seu filme passar. Ele observa uma ambulância chegar e recolher o seu corpo, para levar ao hospital mais próximo dali. Mas ele segue curioso, para saber o que eles vão fazer com aquele cadáver ensangüentado. As imagens não paravam de lhe trazer a memória, todos os seus anos de vida. Sua arma também fora recolhida. Um revólver que sempre esteve guardado em seu quarto, em um lugar secreto, longe de tudo e de todos. Pois temia que os seus pais o soubessem.

Um homem pegou sua arma, guardando-a junto com outros pertences, que seriam entregues aos familiares, que nem desconfiam que uma tragédia dessas tenha acontecido. Olhando para o seu próprio corpo no chão, John se lembra da última vez que esteve em um culto cristão. Foi numa igreja muito simples, onde um pastor falava fervorosamente acerca do inferno e do lago de fogo, registrados no livro do apocalipse. Aquele pregador humilde, mesmo sem formação teológica, afirmava que o inferno é real. Citando passagens bíblicas, que relatam o estado consciente dos mortos, após a sua morte física. Mas, naquela ocasião, John não acreditava em nenhuma de suas palavras. Ele se sentia suficientemente sábio, pois tinha muitos livros espiritualistas, escritos por homens intelectuais.

Para John, as histórias da Bíblia nunca passaram de simples “contos de fadas”. Ele sempre falava isso para todos os seus amigos. Em sua mente, o homem sempre foi livre para viver como quiser, sem depender de Deus. Era assim que ele raciocinava, entregando-se cada vez mais á literaturas esotéricas, ocultistas e espíritas. John chega ao hospital, e entra pelos corredores, a fim de encontrar o seu corpo, assustado e com muito medo. Depois de visitar várias salas, consegue vê-lo, em cima de uma maca. Mas desta vez, o seu corpo já não está mais cheio de sangue. Eles o limparam e arrancaram as suas roupas sujas. Ali, ele observa o desespero e o grande alvoroço de pessoas a todo o momento, entrando e saindo daquele hospital, sem parar. Aquelas cenas se misturam com outras que lhe vem à mente. E isso lhe deixa ainda mais confuso e assustado.

John sai daquele hospital, e lá fora, na rua, encontra muitas pessoas chorando, tristes e também muito abatidas. Alguns se abraçando, enxugando as lágrimas do seu companheiro, uns de mãos dadas, outros distantes. E ali, ele decide ficar e passar um tempo, observando aquele entra e sai de tanta gente. Passado algum tempo, John volta à sala onde estava o seu corpo, e já não o encontra lá. Pois foi levado para o necrotério, logo depois do diagnóstico de morte cerebral. Pois ele ficou caído no chão por muito tempo, e não havia ninguém que pudesse ajudá-lo a tempo, para prestar os primeiros socorros.

Chegando ao necrotério, John vê uma radiografia, mostrando uma bala alojada num crânio. Ele estranha o seu corpo todo costurado, pois os seus órgãos foram retirados e encaminhados para a doação. Eles poderão ajudar alguém que está à beira da morte, mas deseja viver.

Enquanto John se lamenta, as lembranças lhe atormentam violentamente. E muito perturbado, ele decide deixar aquela sala, e vai para a rua. Desta vez ele encontra pessoas conhecidas, dirigindo-se para aquele hospital. Então ele corre em direção a elas, tentando avisar que está arrependido por ter tirado a sua própria vida. Ele grita o mais alto que pode, mas, as pessoas continuam caminhando, sem notar a sua presença. Ele então decide sentar-se no chão, próximo a uma árvore. E, entre lágrimas, levando a mão ao seu rosto, sentindo ainda uma dor insuportável em sua cabeça, pedia socorro sem parar. Depois de horas lá fora, sem rumo, desesperado e perdido, ele decide entrar naquela sala novamente, e se aproximar do seu corpo. Pois ele acreditava nas palavras dos “médiuns espíritas” que ensinavam a “reencarnação”, só não sabia como isso aconteceria.

Mas, ali, diante daquela situação, percebeu que tudo isso era uma grande mentira. Ele não podia mais voltar para o seu corpo. Ele tentava deitar-se por cima de seu corpo, mas, ele atravessava a maca, de um lado para o outro, como um fantasma. E, desgostoso, só conseguia sentir angústia e ódio. Era impossível para John, sentir o “toque”, e foi exatamente naquele instante que ele percebeu que os seus livros “espíritas”, "esotéricos" e "ocultistas", não lhe falavam a verdade acerca da vida após a morte. Ele tentava entender como era possível estar em pé diante do seu cadáver, porém, como um fantasma, invisível para todas as pessoas. E assim, tentava entrar em outras salas, para ver se encontrava alguém na sua situação.

Ele sai à procura de outras pessoas mortas, porém, só encontra cadáveres nas macas, mas ninguém está vivo ao seu lado. Ele não encontrou nenhuma pessoa vagando fora do corpo. E o sentimento de solidão é muito forte, gerando um medo desesperador a cada instante. John quer saber o que vai acontecer com ele, já que o seu corpo está lá, todo costurado, nu e gelado, em cima da maca. Ele busca uma resposta, entrando e saindo daquele hospital, visitando todas as salas. A tristeza lhe aprisiona mais e mais. E as lembranças dos seus dias em vida não cessam. Elas lhe atormentam de instante em instante. Enquanto isso, mais pessoas conhecidas de John vão chegando naquele hospital: parentes, familiares e amigos. Todos foram avisados da tragédia que lhes trouxe espanto e assombro.

John subiu as escadas para ver se conseguia encontrar alguém que desse uma explicação para tudo aquilo que estava acontecendo. Mas depois de muitas horas, ele se convenceu de que realmente era tarde demais. Nesses instantes de desespero, ele decide ir até a sua casa, para ver se encontra os seus pais. E, deixando o hospital entre lágrimas, sai correndo, rumo ao bairro onde morava. Ao chegar lá ele encontra o seu velho cão, o qual nem notou a sua presença, e deitado, continuava dormindo. Ele vê portas e janelas fechadas, mas, nem desconfia que os seus pais já foram avisados.

Ele entrou atravessando a porta, e logo deu de cara com o seu violão, em cima do sofá. Caminha até o quarto e olha as suas últimas fotografias, as quais ele tirou pensando mesmo em despedida. Mas, ele tenta segurar alguma coisa, e se decepciona, ao saber que não pode mais tocar em nada material. No rack, ele viu a foto de sua namorada, com a qual havia brigado dias antes. Viu também os seus CDs de rock n’ roll, cujas letras lhe davam uma “falsa alegria”, quando ele tentava escapar da depressão que lhe castigava.

Em cima da cama ficaram algumas peças de roupa, quadros, mais fotografias, e alguns escritos, pois se sentia um poeta nos seus momentos de tristeza e solidão. Depois de olhar toda a sua casa, saiu dali e voltou para aquele hospital, desconfiando que os seus pais estivessem lá. E, nas ruas, por onde ele passava, olhava para tudo que estava deixando para trás. E, estranhamente vinham as lembranças do seu tempo de criança. Ele olhava as casas, os comércios, os vizinhos, e tudo isso lhe trazia uma enorme saudade. Pois algo lhe dizia que, para aquele lugar, ele não voltaria nunca mais.

Ele descobrira que a mesma tristeza o acompanhava, e viu que tirar a sua vida não adiantou nada, pelo contrário, estava sofrendo ainda mais, nada mudou. John entra novamente no hospital, e vai até o necrotério para ver se o seu corpo ainda está lá. Mas, desta vez encontra a maca vazia. O seu corpo não estava mais lá. John percorre aquele hospital em busca de alguma pista para encontrar o seu corpo. E quando se aproxima de uma sala, reservada para cerimônias fúnebres, ele então, decide entrar.

E lá dentro, ele encontra muitas pessoas chorando em volta de um caixão. Nervoso e curioso, ele avança, para ver quem está lá dentro. Quando consegue passar entre muitas pessoas, percebe que é o seu corpo que está lá dentro. Vestido com uma camisa branca de mangas compridas e em volta muitas flores coloridas. Em cima do caixão há uma faixa, e nela está escrito:

“JOHN DESPEDE-SE DE SEUS FAMILIARES E AMIGOS".

Ele observa alguns rostos conhecidos, de pessoas que há muitos anos não via. Amigos distantes, antigos colegas de trabalho, do tempo de escola, até mesmo algumas de suas ex- namoradas. Nesse momento, John desesperado e aflito, tenta mais uma vez se esforçar para chamar a atenção daquelas pessoas. Mas, só pode contemplar os seus semblantes tristes e amargurados, nada mais. O luto faz desfigurar os seus rostos. E aquele clima mórbido, vai deixando John ainda mais solitário. Pois já não sente mais o carinho das pessoas, mesmo as vendo chorar e tocarem o seu corpo gelado, dentro daquele caixão.

Finalmente John vê os seus entes queridos, crianças, jovens, velhos, todos juntos ali. Se despedindo apenas de um cadáver, enquanto ele faz questão de provar que continua vivo. De repente, ele leva um choque, ao perceber que ali havia uma mulher com um véu preto em sua cabeça, que chorava dolorosamente, ao lado de um senhor de óculos escuro. Eram os seus pais, que ali estavam, compartilhando com todos, a triste dor da despedida. Nesse instante, John começou a soluçar e gritou:

_ “Mãe, me ajuda! Olha pra mim. Eu estou aqui dentro também. Estou perto da senhora. Olha pra mim mamãe querida, eu não estou morto, mas estou com muito medo!”

Mas, aquela senhora não conseguia ouvir a sua voz, tampouco podia ver a sua imagem lá dentro, acenando com as mãos para todos. No mesmo instante que John gritava, ele sentia que o seu corpo ficava ainda mais gelado. Mas ele não compreendia toda aquela baixa temperatura, e calafrios, que lhe causavam pavor. Ele passou a escutar muitas vozes confusas, vindas de outro lugar. Sons, ruídos, barulhos estranhos, grunhidos, como se fossem de animais famintos.

Depois de algumas horas, ele vê o seu caixão sendo lacrado, para ser levado ao cemitério. Nesse momento, John já não consegue mais olhar com nitidez, o rosto das pessoas naquele lugar. Figuras estranhas começaram a dançar diante dos seus olhos. Os gritos estranhos, e as vozes incessantes, não paravam de lhe atormentar. O caixão segue para o cemitério, e John acompanha a caravana até o seu destino. Ele se lembra que já esteve ali por várias vezes, há muito tempo, junto com alguns amigos. Ele gostava de passear entre aqueles anjos de pedra, entre as sepulturas. Logo ao entrar no cemitério, com aquelas pessoas, as lembranças de sua infância voltaram à sua mente. Mas aquelas estranhas vozes começaram a lhe chamar, dizendo o seu nome.

Ali, John escutou um hino fúnebre, que falava do Senhor Jesus. Então começou a chorar, arrependido por ter cometido o suicídio, aos 33 anos de idade. Desperdiçando toda uma vida pela frente, passando para o outro lado, para viver num mundo cheio de tristeza e dor. Ele assistiu os coveiros enterrando o seu corpo, logo após viu aquela multidão indo embora. E ali, John percebeu que a sua alma nunca morrerá. Exatamente como aquele pastor humilde e sem muito estudo, havia falado naquela noite. Explicando que o Senhor Jesus Cristo, ao relatar sobre o rico e o mendigo Lázaro, conta que aqueles dois homens morreram fisicamente, mas, as suas almas permaneceram vivas, porém em lugares distintos.

O mendigo que sempre fora desprezado e humilhado, foi levado pelos anjos, para viver em um lugar de descanso. Mas, o rico, que sempre confiou em si mesmo, foi para um lugar de tormentos eternos e indescritíveis, um lugar onde ninguém, em sã consciência, desejaria estar. (Lucas 16:19-31).

John chega à conclusão que somente a carne apodrece, e é comida pelos vermes. Percebe também que jamais poderá voltar a este mundo, jamais. Pois com suas próprias mãos, ele destruiu a sua preciosa vida, a qual Deus lhe deu com muito amor e carinho. Protegendo-o desde o ventre de sua querida mãe. A qual foi divinamente guardada, durante os dias de sua gestação.

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* Milhares de pessoas buscam no suicídio, a solução para os seus problemas. Mas a verdade é que, após o suicídio, a pessoa descobre que ainda está vivo. Pois Jesus Cristo afirmou várias vezes nas Escrituras Sagradas que: A ALMA NUNCA MORRE!

Sendo assim, o suicida, após dar cabo de sua própria vida, entra no submundo da escuridão, angústia, tormentos e dores eternas. E de lá, nunca mais poderá sair...

Por esta razão, o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, custou o seu sangue. Para que, por meio dEle, tenhamos o direito de herdarmos a vida eterna. Ele é o Único e Verdadeiro Deus, que se fez carne, tornando-se um ser humano como nós, em imagem e semelhança. (João 1:1-14)

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** JESUS CRISTO MORREU NA CRUZ POR NÓS, JUSTAMENTE PARA NÃO COMETERMOS O SUICÍDIO. DANDO OUVIDOS Á VOZ DE SATANÁS, O QUAL LEVA AS PESSOAS A CEIFAREM AS SUAS VIDAS COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS!

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*Se você pensa em suicídio, saiba que Jesus te ama!

*Hoje Ele quer te salvar.

*Procure ajuda numa igreja perto de você!

* Leia a Bíblia!

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Venham a mim, todos os que estais cansados e oprimidos,

e eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim,

que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso

para as vossas almas.

Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

Mateus 11:28-30

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© JUNIOR OMNI - 2012

JUNIOR OMNI
Enviado por JUNIOR OMNI em 14/09/2012
Reeditado em 17/09/2012
Código do texto: T3882454
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