O inevitável

A alguns anos atrás, ouve uma grande explosão em uma usina nuclear em uma pequena cidade na Inglaterra, essa explosão matou milhares de pessoas.

As sobreviventes desenvolveram tanto doenças físicas quanto mentais.

A mais comum entre as mulheres foi o câncer, que matou centenas delas sem a menor piedade.

Minha bisavó foi uma das pessoas afetadas pela radiação e foi a primeira da minha família, e

Consequentemente desenvolveu o câncer e morreu aos 30 anos.

A doença passou a ser herança de família,minha avó e minha mãe desenvolveram doença e morreram entre os 28 e 30 anos de idade.

E a gora como eu poderia viver com isso,saber que tem uma bomba relógio dentro de mim da qual eu não posso desarmar, e todos os meus sonhos,meus planos para o futuro.nada mais importa.

O que eu fiz da minha vida? Não consigo parar de pensar nisso,meus erros ,meus acertos,alguns amores e uma grande amizade.

Enquanto penso nisso estou indo para uma sessão de quimioterapia, posso ver nos rostos de todos que estão preocupados, ontem a noite tive duas paradas cardíacas , não sei se vou conseguir passar por mais uma.

Quando lembro de ver meus cabelos cair não sinto dor,u nem chorei, talvez por não ser um habito pra mim.

Eu fiquei assim depois da morte da minha mãe,ela era amada por todos,quando ela morreu todos da minha família ficaram em pedaços,mais não foi só porque minha mãe morreu e sim porque pela lógica cronológica eu seria a próxima.

Então eu resolvi ser forte e tomar o controle da situação e chorar estava fora de questão.

Então quando minha mãe foi enterrada e eu não chorei, então eu não ia mais chorar por mais ninguém.

A única vez que meus olhos encheram de lágrimas foi quando a enfermeira me disse que minha morte era apenas uma questão de tempo,e me mostrou um formulário e que eu poderia escolher,se caso eu tivesse uma para cardíaca eu teria escolha de ser reanimada ou simplesmente me deixar morrer.

Minha vida,ou pelo menos o que restou Dela estava literalmente nas minhas mãos e a opção me pareceu obvia,eu não tinha mais forças para lutar .

Então na mesma noite ,meus sinais vitais diminuíam,meu peito ardia em chamas,meus olhos sangraram,eu era capas de ouvir os sons emitidos pelos equipamentos médicos ,a dor cessou e a minha alma enfim se libertou.

JOSEFF GRIMM
Enviado por JOSEFF GRIMM em 24/09/2012
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T3899135
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