Roberta Valéria, uma professora muito louca

Já mal acordo e tenho que ir "praquela" escola dos infernos. Lá é horrível, tem aquelas pestes de alunos, nojentos, dá vontade de atropelar a todos... Ah, um dia eu faço isso! Haha! Mas vamos lá, Robertona, gatona, linda, sensual. Penteia o cabelo que até pro quinto dos infernos nós temos que ir bem vestida!

Sabe gente, eu acho sinceramente que eu sou uma ótima atriz. Naquela escola, eu sou boazinha com todo mundo. Eu amo isso. Todos me enxergam de um jeito mas na verdade... eu sou pior que o Diabo! Haha!

Eu mal chego na escola e já vem aquele purgante do Pedro me atentar... "O que que foi menino?" - Mentira, eu não falei isso. Eu sei fingir!

- Bom dia querido, tudo bem? - Por favor, diga que está com Aids?!

- Tudo bem, professora, e a senhora? - Péssima, seu fedido!

- Estou bem também, querido!

- Eu vim entregar um trabalho que esqueci ontem. É que não deu tempo de fazer direito... a senhora sabe, né? - "Né é sua vó, meu filho!"

- Sei, sei sim. Tudo bem. Vou corrigi-lo! - Vou por zero logo que acaba com essa "frescurite".

Bem, vamos ver... Deixe eu dar uma corrigida nisso aqui... Vamos lá. Ahnn, eu não esperava isso do Pedro. Tudo bem que nunca achei ele muito homem, mas copiar trabalho da internet é demais... Olhe só, até os numerozinhos em cima das palavras igual é na Wikipédia. E olhe, tudo de letra de cor diferente. "Rapá"... É cópia "mêmo"Ah, eu vou colocar zero, vou mesmo! Haha, adoro fazer isso! ZERO!

Pensei comigo mesmo... Vou entregar este trabalho agora. Abri a porta da sala dos professores e encontrei um moleque... Ah, era o Zé... ô capeta de menino, sempre fechava minhas provas. Nerde nojento. Calmamente chamei ele.

- Zé... ô Zé! - Acho que é surdo!

- Oi professora! - E ainda fala com voz de bicha!

- Vai lá na sala do 8º ano e chama o Pedro, por favor. - E some daqui também.

- Vou sim professora. - Não quer ir pro inferno também não?!

- Obrigada! - Sumiu, graças a Deus!

Passou alguns minutinhos e quem me aparece? Pedro Iago Vasconcelos!

- Professora, a senhora mandou me chamar? - Podia ter mandado te matar também, né?

- Mandei sim. Você copiou este trabalho "daonde"?

- Não "fessora" eu não copiei não!

- Fessora é sua vó meu filho! - Desta vez eu falei! - Olha aqui ó - mostrei o trabalho pra ele - Viu, eu coloquei zero pra você. Zero! Haha! Zero! Você gostou?

- Mas professora... - Ele começou a berrar.

Sem dó, eu agarrei ele, vi um suculento pescoço a vista e espremi até quebrar. Há! Matei ele! Quando terminei soltei aquele corpo morto lá no chão com a cabeça virada. Ah, como matar os outros!

Viu só?! Quem mandou copiar trabalho da internet?! Teve o que mereceu! Vai fazer falcatrua? Com Roberta Valéria por perto não!

Para conferir o texto ilustrado, acesse: http://romesssa.blogspot.com.br/2012/11/conto-roberta-valeria-uma-professora.html.