A VIDA

A VIDA

... A morte já não me assustava mais, ela havia se tornado minha única amiga após toda a humanidade e até mesmo o tal todo poderoso Deus ter me abando, apenas ela me estendeu a mão quando eu precisei apenas ela me foi amigável... Juntamente com a escuridão da noite no meio de uma floresta fria e acolhedora, sentindo a água que caia do céu escorrendo lentamente pelo meu corpo e o canto do vento me fazendo estremecer com certo prazer, por estar ali sozinha sem pessoas medíocres ao meu redor, apenas a escuridão, me fazendo sentir queimar sob a pálida luz da lua, me acolhendo como a mãe que eu nunca tive, me deixando mais segura e confiante, me dando a paz que até então eu não queria, que até então não suportava... Eu estava em casa.

Mas depois de um tempo, não sei se dias, meses ou anos eu percebi que mais cedo ou mais tarde eu teria que sair, enfrentar, me jogar de cabeça no mundo... Então estava decidido, eu sairia do meu lugar o quanto antes, sim aquele era e sempre foi o meu lugar, o lugar onde eu pertenço, o único lugar que me acolheu como meu verdadeiro lar desde que eu me lembro, desde que nasci não sei, o lugar para o qual eu sempre voltária, e de onde mais sentira saudades por tanto tempo... E era desse lugar que eu teria que sair, com um grande pesar no coração, mas sairia... Não adiantava fugir das pessoas, querendo ou não elas me encontrariam, de uma forma ou de outra eu tinha de enfrentá-las sem medo da dor que elas poderiam me causar... Então levantei a cabeça, estufei o peito, endureci o coração me enchi de uma coragem que há tempos eu não tinha e La fui eu enfrentar a vida que tanto temia, pois como disse da morte já não tinha mais medo ela me era uma forte aliada contra qualquer coisa que não fosse a vida em si.

Bem, La fui eu enfrentar a vida de que tanto tinha medo, conheci pessoas novas, dancei, cantei, me diverti, e percebi que a vida não era tão assustadora quanto me parecia e as pessoas não são assim tão medíocres, no fundo no fundo eu sempre soube que Deus nunca me abandonara realmente, mas sim me dera o tempo que me foi preciso para me conhecer melhor, percebi também que o meu problema não era nada mais que timidez e que conhecer gente nova, e fazer teatro ajuda bastante.

Em resumo, percebi que nunca precisei de muita coisa para ser feliz, só não sabia exatamente do que precisava.

Um tempo depois de aprender muito com as novas pessoas que conheci ao longo dessa longa jornada que chamamos de vida, descobri que para ser plenamente feliz, só precisava de amor no coração, amigos, uma boa música na ponta da língua, uma dança brincando nos pés e um sorriso maroto nos lábios.

Mariana Gomes
Enviado por Mariana Gomes em 29/12/2012
Código do texto: T4059120
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