O TROTE


Era mais uma destas adolescentes que não estudavam e que não procuravam algo para fazer, seu nome era Aparecida, Cidinha para os íntimos. Ela gostava de ser o centro das atenções, de fazer graça aos seus amigos, mas mal sabia ela que era seus amigos que zoavam com ela. Veja vocês que a maior distração de Cidinha era passar trote para o SAMU. Ela saía procurando orelhões e então ligava, ligava, ligava, e em cada ligação uma nova história e uma nova voz.
Chamar o SAMU e ver a decepção da equipe deslocando para o local em que ela informava gerava uma adrenalina em seu corpo, uma sensação de prazer ímpar.
Até que um dia ela saiu e foi longe procurar por um orelhão e inventou mais uma de suas histórias de acidentes e criou mais uma voz para chamar o SAMU.
Ela se escondeu em uma árvore e viu o barulho do veículo do SAMU se aproximando, parando e momentos depois indo embora.Ela ria sozinha daquela situação.
Naquele dia, quando retornava para casa, viu de longe um entra e sai de vizinhos em sua residência, percebendo que algo estava estranho, tinha acontecido algo, o que a fez apertar o passo.
Ao chegar em casa, já imediatamente amparada pelos vizinhos e naquele segura e segura dos amigos ela conseguiu avistar seu pai caído ao chão sem vida e sua mãe chorando ao telefone tentando ligar para o SAMU.
Renata Rodrigues
Enviado por Renata Rodrigues em 15/01/2013
Código do texto: T4087045
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.