Um milagre na escola

Aconteceu quando eu tinha uns 11 anos. A professora era substituta e disse que naquela semana era comemorada a semana de Ação de Graças. Achou um absurdo os alunos de uma quinta série não saberem o dia de Ação de Graças. Deu uma folha branca. Era para representar em desenho e um pequeno poema todo o nosso agradecimento. Minha experiência com Deus ainda não tinha sido grande coisa. De repente fui tomada de uma grande vontade e comecei a desenhar uma cruz. Ela deveria parecer o mais possível com uma cruz de verdade. Entretida com o desenho subitamente vi a luz de uma fresta iluminar o centro de minha cruz exatamente onde ficaria a cabeça de meu Senhor. Cutuquei a minha colega do lado e ela meio irritada disse que aquilo era só o reflexo do buraco do teto no meu desenho. Olhei para ela incrédula. E para o lugar onde supostamente tinha o tal buraco. Não vi nada. Eu a cutuquei de novo. E cadê o buraco? Ela não sabia e nem queria saber. Como assim só um buraco iluminado? Para mim era um milagre. O Deus da vida me chocalhando. Um milagre. Pintei aquele círculo iluminado com cores amarelas e laranjadas. Foi minha experiência com Deus. A primeira de muitas. O meu poema começava assim: “Uma graça nunca vem de graça...” Não me pergunte que dia é o dia de Ação de Graças. Sinceramente eu não sei. Acho irrelevante, uma bobagem. Não existe dia para agradecer a Deus. Faço isso todos os dias e quando percebo que uma vez não foi o suficiente faço de novo e de novo.

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 22/02/2013
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