Devaneio

Feche seus olhos por um segundo apenas e note o que se passará em sua mente neste ligeiro instante. Um segundo apenas pode não ter muito significado quando muito já se viveu. Foram quantos desses ínfimos relapsos de tempo em que você ou eu tivemos que tomar uma decisão que definiria nosso futuro e por definitivo optamos pelo que seria errado? Talvez devêssemos voltar atrás e ter olhado para a luz novamente e no instante seguinte voltar a fechá-los para que o tempo nos conduzisse para outro rumo. Portanto, sabemos bem que há uma seqüência infinita de segundos nos procederão e que nesse possível tempo que nos permeia haverá algum tempo de paz envolverá. Mas a tranqüilidade não é melhor que uma guerra e é do conflito que nasce a paz. Do caos que nasce a calmaria. E é da tempestade que nos move pelo céu desorientados que nos leva a ter os pés nos chão. De todas as infelicidades vividas se faz delas uma senhoria mutação de táticas e jogos mentais para que sempre quando se erre a menor quantidade possível e que os acertos fossem feitos de uma perfeição cabível apenas a deuses para que uma ou mais vidas fossem feitas de felicidade. Se mais uma vez ocorresse de falhar que na próxima já se possa não ser o mesmo que errou, mas sim que já se tenha passado por uma transmutação de ser.

O que seria da humanidade se não existisse o sofrimento? Será que em uma ou outra ocasião tenhamos parado para pensar nessa possibilidade? Talvez sim, mas acredito que nunca se tenha feito isto. Para que isto se torne cabível de acontecer, a felicidade também seria extinta das nossas vidas. Dentre dos mundos possíveis que cogitamos, há sempre mais um que seria dentro deste também criado por nossa imaginação, e assim sucessivamente, sempre que pudéssemos criar um novo mundo, dentro deste criaríamos outro em um mundo infinito poderia existir. Mesmo assim acreditamos que possamos estar certos quanto a algo, naquilo que nossos olhos alcançam, mas é sempre o que queremos ver. Aquilo que escapa a nossos olhos são os segundos que perdemos ou deixamos para trás. A fé e a razão vivem em um insano e constante conflito metafórico. -O sinal foi tocado pelo guarda de pátio neste instante. Eu então me levanto, mas fico por algum tempo estático, custo-me querer olhar ao redor. O que vejo e sinto não me cabe neste momento ilusório consciente. Apenas deveria girar sob meus pés em torno da sala e buscar enxergar outros olhos ao meu redor, olhos tomados por espíritos tristes e conflitantes. Então logo fui acometido por uma súbita crise ansiedade que percorreu todos os meus sentidos e logo pude ver que eu ainda estava deitado e apenas sonhara o tempo todo deitado na grama.

Guilherme Cesar Meneguci
Enviado por Guilherme Cesar Meneguci em 25/06/2013
Reeditado em 25/06/2013
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