A VERDADEIRA AMIZADE
Eram dezoito horas, assim mostrava o cuco do bar, do qual Ernesto e José estavam, numa mesa, saboreando sua cervejinha, ao som do MPB.
Muito deprimido, Ernesto relatava ao amigo que sentia um vazio imenso e sem saber o porquê, pois muito rico era, tinha uma ótima saúde, uma vida familiar feliz, enfim, tudo o que se espera da felicidade plena.
José, com ser ar espirituoso, ouvia atentamente ao seu amigo, numa paciência serena, por hora, Ernesto perguntava ao amigo o que fazer para preencher o seu vazio imenso; pois não aguentava mais, tanto aperto no coração.
Com muita calma, José diz ao seu amigo: " Amigo querido, muitas vezes, nos apegamos a muitas coisas desse mundo e deixamos de apreciar a verdadeira essência da vida, olhe o lindo por sol em nossa frente em contraste com a lua que vem soberana, você lembra de tudo e todos mas não tem se lembrado daquele que te proporciona toda a sua felicidade, e essa pessoa de qual falo é Deus, tire, nem que seja, apenas uns minutos por dia, faça uma pequena oração e agradeça a ele a sua vida abençoada"
Com lágrimas em seu rosto escorrendo, Ernesto agradeceu ao amigo a grande lição aprendida, dizendo que, a partir daquele momento, deixou de ser materialista para ser um ser humano de verdade, e que, não é a toa que o grande Mestre colocou um amigo maravilhoso em sua vida, que o acolheu em sua maior necessidade, o reencontro com o pai celestial.
José disse ao amigo que, um dia disseram isso a ele quando o tinha o mesmo vazio, ele somente procura transmitir o ensinamento adquirido por alguém que, maravilhoso foi em sua vida. Caro leitor, a verdadeira amizade, está em atitudes como a de José, que redireciona o seu amigo ao verdadeiro sentido da vida, sem cobrar ou exigir absolutamente nada.