APENAS UMA MULHER

APENAS UMA MULHER

No porta, Morena ouvia gemidos, Tudo era normal, o girassol escarlate, o perfume de cravo e a sombra solitária na parede. Pedaços de Morena voavam como papagaios de papeis crepons. Um enigma seguia seu vírus e o homem perfeito da terra bebe as gotas de lagrimas sem um olhar de amor. Seus olhos lagrimejantes pedem um abraço singelo entre grandes camaradas O verso perfeito e a existência. O coração, o selo e o caráter do espelho de Morena. A formula e o fogo, a palha a lama de sua alma. Bebeu o vinho cheirou as flores do vaso. Uma mulher sem pátria em purificação, a fonte do seu espírito, putrefação. Na semente de seu ser um rasco profundo, e o ladrilho coalhado de sangue. Pulsos e maçaricos na forja do amor suspeito. Via os meninos de rua que mamavam no peito. A forja que cercava, a lima que feria. Porque sofrer tanto se tanto não lhe dizia as vezes que precisava ouvir. Porque tantos olhares se apenas um sorriso já dizia tanto, se o perder e ganhar frustra os destinos e detona as fortalezas do ser. O amar e o odiar floresciam na mesma primavera e Morena em sua mudez tinha fome de paixão, se ao mesmo o vinho que brindava seus desejos e matava o ébrio amor afogado em seu próprio vomito, se a mesma razão dos males tem a razão de ser apenas uma mulher.