SOMOS OS RESPONSÁVEIS PELA INFELICIDADE DOS NOSSOS FILHOS

"Nhééé! Nhééé!" Nasceram. Os dois juntos. Lado a lado. As mães preferiram ter o parto juntas e na mesma sala de parto. Cordões umbilicais cortados. Muito cuidado da junta médica para não haver troca dos bebês. São iguaizinhos. Ainda não dá para diferenciar o que deverá ser negro pois seus pais são negros do que vai ser branco pois seus pais são brancos. Uma será mais rica do que a outra, mas pobreza não deixa marca de nascença para usar como identificação. O que pode ajudar as enfermeiras a não cometer um lapso de troca é o sexo de cada bebê. O que vai ser negro é um menino.

A sexualidade também não é meio de distinção, por isso, se ambos fossem do mesmo sexo isso também não aliviaria. O tratamento que os pais derem para o filho, incluindo a alimentação que vão dar para eles e a exposição à mídia, principalmente a televisão, é que cuidará de aberrar-lhes a preferência sexual quando mocinhos. Pode acontecer disso se dar naturalmente, mas a porcentagem de chance não descreve o que vemos quando olhamos pela janela com os olhos contaminados com a realidade do meio social biônico. Teríamos mudado a natureza e forçado ela a combater a sua própria existência com nascimentos que sugerem não dar continuidade com a procriação sexuada? É melhor preocupar com as alterações hormonais fecundadas pela alimentação industrial e com a ditadura de comportamento que a mídia arrogantemente assola sim porque essa explicação convence mais.

Se não fosse essas coisas as responsáveis pelo surto de homossexuais, o que faz o hoje ser diferente do sempre? Desde a Antiguidade que homens e mulheres nascem e a tendência não era essa. Os próprios cientistas já disseram que masculino e feminino é uma constante em todo universo. E o que muda da origem do homem para cá é a industrialização. Não é nem o modo de pensar moderno, mais propício a quebrar doutrinas naturais ou gostar de perversão. Se é cheio de registros de homossexualidade na história humana e há uma quantidade maior de séculos do que essas últimas décadas em que a coisa ficou descontrolada até para registrar não é possível pensar que o fator seja outro. São os hormônios sexuais nos alimentos e o crescimento da influência da mídia de massa sim. Ah: e a necessidade da elite comandante de gerir pessoas. Evitar nascimentos atacando a preferência sexual dos seres vivos sexuados é boa gestão. Esse tanto de gente que tem a Terra hoje não tinha nesse tanto de séculos mencionados. De qualquer forma, isso não faz diferença alguma.

Para agravar mais ainda para os que precisam estabelecer diferenças, as duas crianças nasceram felizes. Com todo bebê é assim. Cabeça vazia, sem programação, sem compreender mais do que o necessário para lidar com este mundo. O mesmo conhecimento e a mesma capacidade cognitiva. Nem adianta quererem medir quem é o mais inteligente dos dois. Eles que gostam tanto de se aprisionar ao finito com suas medições de tudo. É irrisório o desvio da estatura de um para o outro, organicamente, olhando as partes externas, ambos não possuem defeitos e têm ou vão ter canais de recepção de prazer em número seis vezes maior do que canais de percepção da dor. Sabe o que significa isso, não sabe?

Fomos projetados pelo nosso criador para sentir prazer. E isso não se reflete só em se saber dessas características sensoriais humanas, não. Olha o mundão como é belo. As árvores, as montanhas, o Sol, a Lua, as estrelas, as núvens. O pasto, os arbustos floridos, os animais voadores e os saltitantes, rastejadores, quadrúpedes, os peixes. Tudo isso é magnifico. O oxigênio e a neve. Pare para respirar e sinta que coisa boa! E de graça. Fitar o mar e seu horizonte; navegar um rio em uma canoa. E quando o Sol nos aquece ou quando a chuva forma enxurradas e a gente passa correndo descalço a acompanhando até onde pode? Quem fica doente se felicidade deixa qualquer um imune a qualquer coisa? Mendigos ficam no lixão comendo o que encontram, já viu algum gripado? Tem chance o stress de nos decair o sistema imunológico quando estamos com a mente serena e gozando de liberdade e prazer? Ou mesmo as outras doenças que precisam encontrar o corpo ácido manifestar?

Se fôssemos feitos para sofrer, o Criador nos ia dar um mundo lindo assim para viver nele? Ia não. Ia ser a Terra um planeta totalmente inóspito, cheio de crateras e fumaça saindo de suas pontas, um lugar onde tudo é sofrível. Íamos ansiar pela hora de ir embora dele. E o Criador nos fez como fez e nos deu a Terra de presente sem sequer esperar que fiquemos gastando o tempo de viver prazerosamente com devoções e outras panaquices das religiões. Trocando o nome dele para Deus e sei lá mais o que e achando que temos que passar um tempo do dia em igrejas rezando e a dar dinheiro para o pregador comprar coisas materiais. A passagem por aqui é curta, depois dela voltamos para a latência e a forma de ele próprio, o Criador, se agraciar das delícias que ele criou é por meio de nós. Viver para ele é isso. Nós o manifestamos e ele se manifesta por nós. Religião é isso. Religar com o divino é isso. Temos nossa parte, os outros animais têm a deles, os vegetais e os minerais estão conosco nesse todo. Amar não é outra coisa que não cuidar da harmonia do universo para seu arquiteto se manifestar. Pensar que há uma vida depois da morte e deixar de lado essa presença do espírito divino querendo sentir o mundo, ocupando-se com afazeres terrenos artificiais, é uma irresponsabilidade. É egoísmo pleitear uma vida que não se tem prova de existir que é a pós-morte. Estamos atrás de recompensa quando visamos a eternidade cheia de fartura. Os que sustentam a possibilidade dela só querem que seus seguidores não atentem-se para a real concepção das tarefas que o Criador espera dos humanos. Desviá-los faz com que eles deem atenção à tarefas terrenas, que lhes fazem fortunas. Por isso é que enganam tanto com as ideias religiosas e espirituais falsas que incutem na mente de quem permite.

Crianças felizes e saudáveis, como qualquer bebê que aparece no mundo, mesmo os que vêm com alguma anomalia física, nasceram. Crianças com as mesmas chances e sem que se possa diferenciá-las. Que pena: logo logo as mães receberão alta e levarão seus bebês para o mundo. Irão programá-los com as insandices da vida em sociedade. A única vantagem que terão é que estão em um meio rural, que hoje em dia não é mais como antigamente também. Tem lá sua desvirtualização ou adaptação às necessidades do capitalismo atual. Mesmo assim vão receber água com flúor e cloro, alimento com agrotóxico, chocolate com parafina, refrigerantes, massas e salgadinhos. Rapidamente seus organismos irão adquirir um Ph ácido. Vão ter suas emoções fortemente trabalhadas para fragilizar seus sistemas imunológicos. Serão os causadores os capítulos das telenovelas, as notícias do telejornal, principalmente as da política ou do futebol. Vão ser sensualizadas para que o sexo banal também os prejudique mais do que os conforte. Deixarão de dormir cedo e a vida notívaga debaixo da radiação da lâmpada e a receber de tempos em tempos as micro-ondas do celular e as radiações da tela do computador ou da fiação de luz da rua, antes ainda da adolescência, vai contribuir para aumentar ainda mais essa fragilidade, junto com as poucas horas diárias de sono. Mesmo o pobre não terá que desenvolver tanto seus músculos e reflexos para fazer suas atividades e com isso o sedentarismo o possuirá também. Aborrecerão quando se virem tendo que guardar um monte de conhecimento complexo e inútil em suas cabeças, dado pelas instituições educacionais. E a disputa pela formação profissional e pela satisfação do ego por ser reconhecido como pessoa de inteligência e capacidade destacável será massiva e estafante. Alguns vão defender a pedofilia, o uso de drogas e a sexualidade descompromissada para comprometer ainda mais o futuro desses menores. Seus pais os carregarão, atendendo o que o Sistema espera, para as doenças mentais e físicas que jamais teriam se apenas se cumprisse o destino de felicidade plena que o Criador construiu para todos nós. Inclusive para seus meninos. A responsabilidade pela sexualidade e pela saúde das crianças é parcialmente dos pais, mas pela felicidade é total. Para arcar com tanto, é preciso reformular o modo de pensar e se desprender do modelo de vida que levamos. Dos costumes que garantem a existência próspera e dedicada ao Criador nos desgrudamos. Temos que nos libertar do sistema e voltar para eles.

"Limpo a minha mente do meu modo de pensar.

Reencontro a minha estrela e volto a brilhar"

Eu sou autor do livro "Contos de Verão: A casa da fantasia". O conto reflete sobre todas essas questões.