O SALVA VIDA DA FLORESTA

Toda tarde o Pavão, a Garça e o Beija-flor vão se refrescar no riacho. Lá mora um grande Sapo que de cima de uma pedra observa calmamente.

Os três amigos faziam a maior bagunça e uma de suas diversão era zombar do pobre Sapo. Chamavam-no de feio, gordo, imbecil e tantos outros nomes. As ofensas eram digeridas pacificamente pelo pobre guardião e assim se passavam as tardes. Os animais zombando e o Sapo em seu posto firme como uma rocha.

Numa tarde de primavera as chuvas haviam aumentado o volume de água, mas tudo corria como no dia anterior, porém o Pavão não se conteve em apenas ofender o grande Sapo, resolveu que subiria na pedra e jogaria aquele monstro no fundo do rio.

Lá foi ele sorrateiro, em sua ânsia de maltratar aquele que nunca lhe quis mal, não percebeu que as pedras molhadas estavam escorregadias e num descuido preciptou-se nas águas. Seus terríveis gritos de socorro podiam ser ouvidos ao longe, seus amigos congelaram de medo, parecia tudo perdido.

Pela primeira vez em muito tempo viram aquela horrível criatura se movendo. De sua pedra se jogou num mergulho gracioso desaparecendo nas águas furiosas, o silêncio dominou a todos, de repente junto ao Pavão surgiu seu salvador hábil na arte do nado, num segundo estavam na margem.

Assim terminaram os dias de zombaria e iniciou-se uma era de admiração ao sempre alerta salva vidas da floresta.