"Nós"

Ele se remexia inquietamente no banco da praça. O sol estava se pondo e a luz crepuscular tomava conta do lugar.

“Será que ela vem?” — A dúvida transparecia em seus olhos castanhos.

Após alguns minutos de uma espera angustiada, ela chegou.

Conversaram sobre o dia-a-dia, sobre a família, sobre o trabalho e, no fim disso tudo, o inevitável aconteceu: O “nós” reapareceu.

— O que aconteceu conosco? — Ele perguntou.

— Não sei, eu acho que se acabou o amor. — Ela respondeu indiferente.

Pausa. Ele a olhava.

— Eu acho, que ele nunca existiu. — Ele respondeu fitando seus olhos escuros.

E em seguida deixou-a sozinha, perguntando-se o que havia acontecido ali e com a sensação de uma grande oportunidade perdida.