Ônibus
Ele não tinha olhos pra mim, sempre ficava sentado ali como se ninguém mais existisse ao seu redor. Também por que daria bola para uma garota que ficava o admirando durante todo o percurso do ônibus? Suas roupas mais sociais me dava uma leve impressão de que ele não passava de mais um garoto comum nesse mundo, foi quando comecei a reparar no livro que ele carregava todos os dias daquela semana.
Resolvi tentar me aproximar e a primeira ideia que me surgiu foi de pesquisar sobre aquele livro, lê-lo o quanto antes para poder ter algum assunto com aquele cara que tanto me deixava feliz. "Fokstrôt" era um livro bem complexo, escrito por um alemão durante a segunda guerra mundial, contava sobre algumas batalhas e a cada página eu me sentia mais insegura. "Como eu diria que gostei de um livro sobre guerra, só para me aproximar de um cara?". Era só no que eu pensava aquele momento, mas assim que o terminei me fiz falar alguma coisa.
No dia seguinte o vi sentado no mesmo lugar, enquanto meu coração acelerava cada vez mais tive um momento de puro salto no vazio. Entre seus braços havia outro livro agora, ele provavelmente já tinha terminado de ler o antigo, me sentei na frente dele como de costume e foi quando ele me chamou.
-Oi, acabei reparando na sua blusa esses dias e bem, eu adoro os Ramones também.
-Oi, sério? É a minha banda favorita. - eu queria explodir, o cara que eu tanto perdia tempo olhando também passava algum tempo me observando.
Ele pediu meu número e eu o entreguei em um bilhete colorido, esperando ausiosamente para que ele me ligasse ou mandasse alguma mensagem qualquer, naquele momento eu só queria ficar grudada em seus braços.
No dia seguinte o vi sentado no mesmo lugar, enquanto meu coração acelerava cada vez mais tive um momento de puro salto no vazio. Entre seus braços havia outro livro agora, ele provavelmente já tinha terminado de ler o antigo, me sentei na frente dele como de costume e foi quando ele me chamou.
-Oi, acabei reparando na sua blusa esses dias e bem, eu adoro os Ramones também.
-Oi, sério? É a minha banda favorita. - eu queria explodir, o cara que eu tanto perdia tempo olhando também passava algum tempo me observando.
Ele pediu meu número e eu o entreguei em um bilhete colorido, esperando ausiosamente para que ele me ligasse ou mandasse alguma mensagem qualquer, naquele momento eu só queria ficar grudada em seus braços.